Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

[de «Eagle When She Files», Dolly Parton]

Gentle as the sweet magnolia, strong as steel, her faith and pride
She's an everlasting shoulder, she's the leaning post of life
She hurts deep and when she weeps, she's just as fragile as a child
And she's a sparrow when she's broken, but she's an eagle when she flies.

Para a Huma, para a Karma e para a Meg.

Buon giorno principessa!

Resolvi fazer este teste por causa das nossas recentes conversas sobre príncipes encantados. Descoberta a princesa que há em mim, ficaria a saber que tipo de príncipe me está destinado. Agora já sei.

You're BELLE from BEAUTY AND THE BEAST! Warm, kind and caring, you always bring out the best in others, but tend to keep to yourself and a few close friends who you love dearly. You love books and dream of fairytale adventures. You know that beauty lies within and don't depend on looks alone. You think it's good to be individual and different to others, but don't go out of your way to be rebellious - you just naturally stand out. You're a strong person, but also ladylike and intelligent. You look forward to change. You'd definitely break the Beast's spell.
Certain as the sun, rising in the East, tale as old as time, song as old as rhyme, Beauty and the Beast...'

Which Disney Princess Are You?

Efeitos secundários

Image hosting by Photobucket

Ela não liga por uma questão de amor próprio, o que não a impede de estremecer quando o telefone toca.

sábado, 25 de fevereiro de 2006

A pirâmide profissional

[sussurrado num encontro temático:]

- Que idade é que ele tem?
- Trinta. Eu apresento-te.
- Não. Era só para ter uma ideia da posição dele na cadeia alimentar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Diários

Nunca tive um diário e sei bem porquê. É evidente que o papel não guarda segredos e, pior, não tem discernimento sobre a quem transmite a informação que contém.

Em 1987, no meu aniversário, ofereceram-me uma agenda fantástica da Mafalda. A agenda tinha dimensão para escrever umas linhas em cada dia e, ao longo do ano lectivo de 87/88, fui apontando os eventos mais relevantes, embora sem qualquer tipo de reflexão. Mesmo assim, alguns factos eram anotados com recurso a uma amálgama de iniciais e abreviaturas que – é verdade – ainda hoje consigo decifrar. Depois desta única experiência nunca mais tive nada do género.

Há coisa de uns três ou quatro anos, lembrei-me desta agenda e verifiquei que felizmente conseguiu sobreviver às minhas cíclicas “limpezas de passado”. Folheei-a e deparei-me com a letra pavorosa que tinha (ainda pior do que a actual, mas como já quase não a uso) e com umas personagens do antigamente que faziam agora parte do meu imaginário.

No entanto, fui confrontada com algo que me deixou muito mais perplexa: a letra da minha mãe. Não só se tinha dedicado a emendar os meus erros ortográficos, como tinha espalhado pontos de interrogação à frente das minhas notas misteriosas, e ainda escreveu novas entradas relatando os seus próprios eventos nos dias respectivos. Analyze this!

[Para a SR que me fez recordar esta história a propósito deste seu post.]

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

[de «The Miracle of Love», Eurythmics]

There must be a bitter breeze
To make you sting so viciously -
They say the greatest coward
Can hurt the most ferociously.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Abaixo dos mínimos

A propósito deste post (12 conselhos para casais), lembrei-me de reproduzir uma informação que li, novamente na «Pública» mas agora do passado dia 19, e cujos detalhes rectifiquei com uma breve pesquisa na internet.

Devido a um enorme aumento do número de divórcios no Japão e, em especial, dos divórcios por iniciativa feminina, foi constituída a Associação dos Maridos Dedicados (a JAO) para ensinar aos ditos como manter os seus casamentos. Nesse sentido, criaram o Dia das Mulheres Adoradas (31 de Janeiro) e terão estabelecido cinco regras básicas das quais só consegui encontrar estas três: (i) Regressar mais cedo a casa (por volta das oito da noite); (ii) Chamar a mulher pelo nome (em vez de “tu”, que é muito comum, ou de grunhir qualquer coisa); e (iii) Olhar a mulher nos olhos quando lhe fala.

Qualquer dia começam a tratá-las como gente.

L'uomo è mobile

Gosto sempre de visitar este blog para conhecer o template do dia.

Vida de mãe - episódio 31

Com três anos e meio, o meu filho tem cada vez mais o hábito de jogar ao faz de conta. Ele é simultaneamente argumentista e realizador. A mim, só me cabe desempenhar o papel que ele entender, de acordo com as suas mais variadas necessidades criativas.

A seu pedido, trocamos frequentemente de identidade ou então deixo de ser simplesmente a mãe para me transformar numa mãe-qualquer coisa (esta versão tem imensas variantes: mãe-dinossauro, mãe-power ranger, mãe-fantasma, etc.).

E coitada de mim quando ouso corrigir alguma deixa ou tento acabar com a brincadeira. Faz logo faz uma cara zangada e obriga-me a representar a minha personagem até ao fim.

Na sua última mise en scène, nós éramos amigos um do outro. E no meio de um enredo absolutamente estapafurdio, olha-me com um ar muito natural e diz: “Amigo, pede ao cavalo para ir ao oceanário buscar um peixe porque a vaca está com fome”.

Eu não aguentei o riso, soltei uma gargalhada e disse-lhe:”Filho, desculpa mas as vacas não comem peixe”. O miúdo não vacilou e ripostou imediatamente: “Eu sei, é a fingir.” E eu, vencida, não tive outro remédio senão ir dar o recado ao cavalo antes que a vaca morresse à fome.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Isto é o recreio

Para melhor explicar o uso que faço do blog, sai-me sempre esta expressão: é o recreio.

Sinto tanta obrigação de escrever aqui como sinto obrigação de falar num jantar de amigos, ou seja, alguma, mas nada que se consiga sobrepor ao estado de espírito. A própria natureza desta “obrigação” não é totalmente compatível com o conceito comum, é mais uma espécie de poder-dever.

Não há nenhuma regra que impeça o trabalho de entrar no blog só que, ao fim deste ano e meio, deu para ver que não considero a minha profissão como elemento de grande diversão (favor desconsiderar o recurso ao termo “poder-dever” acima). Além disso, o trabalho toma-me demasiado tempo para eu o deixar entrar também aqui. Não é com assuntos profissionais que vou espairecer.

Depois há outros recreios, onde cabem melhor outros temas, como a actualidade política, económica, internacional, social. Nestas matérias faz-me falta o diálogo. O que significa que o blog é, para mim, um recreio especial, mais introspectivo.

Usando as palavras do Miguelito, o blog é o meu relvadozito interior.

[Para a Inês que suscitou a mais recente conversa sobre este assunto e que anda dividida entre o blog-trabalho e o blog-recreio.]

Queen of hearts

Há quem desafie as probabilidades para tentar ganhar o que necessariamente perde se não jogar.

King of spades

Há quem só vá a jogo quando tem os trunfos todos na mão.

O programa

Já está disponível para ser ouvido online aqui. Fica o alinhamento:

Flowers
Música: Rolling Stones - Ruby Tuesday
Engate
Música: Pet Shop Boys – Opportunities
Não te mereço
Música: Coldplay – Fix You
Momentos de prazer
Música: Alicia Keys – Fallin´
Blend in
Música: Des’ree – Gotta Be
Um filme da minha vida - «The Doors» (1991)
Música: Jamie Cullum – Everlasting Love (BSO Bridget Jones)
Dorme bem
Música: Robbie Williams – Come Undone
Vida de mãe - episódio 23
Música: Fairground Attraction – Perfect
Vícios
Música: Robert Palmer – Addicted To Love

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

As massagens

O George compreende-me.

George: I can't get a massage from a man.
Elaine: Why not?
George: What, are you crazy? I can't have a man touching me. Switch with me.
Elaine: No, I don't want the man either.
George: What's the difference, you're a woman. They're supposed to be touching you.
Elaine: He'd just be touching your back.
George: He'd just be touching your back too.
Elaine: No, it could get sexual.
George: I know. That's the point. If it's gonna get sexual, it should get sexual with you.

[de «The Note», 1º episódio da 3ª época do Seinfeld]

As revistas

Numa segunda-feira deste mês fui a Londres e, em caminho, fui revistada pela segurança do aeroporto. Intrigou-me o facto de o agente me ter pedido para aguardar até que a sua colega estivesse disponível. Ficou claro que eu só poderia ser revistada por uma mulher. Ora, o código diz apenas que “a revista deve respeitar a dignidade pessoal e, na medida do possível, o pudor do visado”.

Será isto discriminação em função da (presumida) orientação sexual? Não seria de ponderar uma discriminação - como dizê-lo - positiva?

Não me arrependo

Há exactamente um ano atrás, empurrada por um calor abrasador, resolvi dar um grande mergulho. Confiante, respirei fundo, corri o bocado de prancha que me separava do vazio e saltei sem cuidar de ver se a piscina tinha água.

domingo, 19 de fevereiro de 2006

She bop

Mas uma das minhas músicas preferidas da Cyndi Lauper é «She Bop», sobre um tema que fascina a imaginação masculina.

[Adenda: este ficheiro do «She Bop» não está a funcionar muito bem, mais uma ameaça à liberdade de expressão. Tentei arranjar o «Money Changes Everything», não consegui. Fui à procura do «Change of Heart», não encontrei. Então, tentei o «When You Were Mine», - uma música fantástica, escrita por Prince, onde se diz 'You didn’t have the decency to change the sheets', o que me fazia pensar que, isto sim, seria o cúmulo da desconsideração e sempre tive o cuidado de mudar os lençóis -, mas nada feito. Conclusão, não há grande oferta de Cyndi Lauper na net o que é incompreensível. Por tudo isto, fica mesmo o «Time After Time».]

You're «Time After Time»

Which Cyndi Lauper song are you?

sábado, 18 de fevereiro de 2006

Aniversário (2)

Faz hoje dois anos que nasceu o bigo.

Um blog que me foi apresentado por este post e onde teve início uma bela amizade.
Um blog que tem um excelente subtítulo com o qual muito me identifico.
Um blog onde, ao terceiro dia, se escreveu um post chamado serendipity.
Um blog do qual temos saudades.

Aniversário

Eri como l’oro,
Ora sei come loro.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

A nova lei da nacionalidade

Esta é, para mim, a melhor notícia do dia, por dois motivos:

Primeiro, é salutar ver o Estado, nos tempos que correm, adoptar um regime mais favorável à aquisição da nacionalidade portuguesa e possibilitar assim uma melhor integração dos emigrantes e descendentes que aqui residem.

Segundo, porque o consenso alargado a nível político à volta de uma questão tão sensível e decisiva como esta credibiliza esta actividade e os seus agentes perante os olhos cada vez mais descrentes e desmoralizados dos cidadãos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

O nosso blogue vai dar um programa de rádio

Caros leitores,

A vosso pedido (obrigada Dan, estávamos a ver que ninguém perguntava), vimos informar que neste fim-de-semana - no Sábado às 12h e no Domingo às 18h - a Rádio Comercial vai dedicar uma hora da sua programação ao Serendipismos.

Flores

O episódio de S. Valentim da Meg fez-me lembrar uma história passada há cinco anos. Eu tinha acabado de mudar de casa e ainda andava a aprender a largar o carro (é a expressão) no bairro com a pior oferta de estacionamento de Lisboa.

Habituei-me a estacionar sempre na mesma rua onde, apesar de ser longe da minha casa, havia quase sempre lugar. Ao fim de uns quinze dias, comecei a ser presenteada com flores no pára-brisas. Quase todos os dias úteis, uma flor do campo. Eu guardava-as.

Chegava ao trabalho quase todos os dias com uma flor diferente. Contei a minha história e desenvolveram-se várias teorias. Que era alguém que me conhecia ou que se ira apresentar mais cedo ou mais tarde, que iria deixar um bilhetinho, que... qualquer coisa.

Passados uns três meses, a Câmara Municipal instalou pilares metálicos no passeio daquela rua e deixou de ser possível estacionar ali.
Fim.

Os números da violência doméstica em Portugal

"Até que a morte os separe" é o título da reportagem desta semana na Visão sobre violência doméstica. Fiquei horrorizada com as estatísticas:

- Uma em cada três mulheres portuguesas é vítima de violência.

- Em Portugal, todas as semanas, uma mulher é assassinada pelo seu companheiro.

- A violência conjugal é a principal causa de morte e invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44 anos.

- 25% dos casais reconhece a existência de agressões no relacionamento.

- Só 2% das vítimas de maus tratos conjugais denunciam o caso às autoridades.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Pub (institucional)

As influências são múltiplas, desde o historial musical de cada elemento - onde se podem encontrar elementos jazzísticos, africanos, sul americanos, metal, chill - até inúmeras referências cinematográficas. O melhor é ouvir. Com cuidado, não vá sair um demónio de dentro do vosso frigorífico.
[O meu primo André toca saxofone.]

Este gato não pede desculpa

Teaser

Guerras, revoluções, catástrofes naturais, cartoons e outras efemérides: por favor, só depois do próximo fim-de-semana. As rádios têm uma programação para cumprir.

Vida de mãe - episódio 30

Cometi o erro de levar o meu filho ao Continente para comprarmos um disfarce para o Carnaval. Quando lá chegámos, as opções eram variadas e os preços absurdos.

A primeira escolha dele foi um fato de Tartaruga Ninja que custava a módica quantia de 59 euros! Tentei fazer um ar normal e perguntei-lhe se não preferia o do Homem Aranha (que era bastante mais barato). Disse logo que não.

Depois, estudou o corredor todo e optou definitivamente por uma fatiota de Power Ranger com "muscled chest". Esta segunda escolha só me fez poupar 10 euros. Fiquei doente e o miúdo radiante.

Apesar da caixa ser quase maior que ele, quis levá-la para o carro e suplicou-me para experimentar o fato naquela mesma noite, só para ver se ficava bem.

Amoleci com o seu entusiasmo mas não volto a cair numa destas. Para o ano, peço ajuda à minha querida avó e faço eu mesma o fato que ele quiser. Está decidido.

12 conselhos para casais

Não invadir o espaço do outro.
Aceitar o passado de cada um.
Nunca dizer tudo ao outro. [hello, Meg?]
Encontrar tempo para estar sem os filhos, em casa ou na rua.
Respeitar a família de cada um.
Saber surpreender o outro.
Não se isolar, estar com os amigos.
Rir muito.
Passear muito.
Dar presentes sem ser nas datas oficiais.
Aprender a aceitar as diferenças.
Não confundir o todo com as partes. [esta é comigo, essencial e acessório, e nanana e nanana.]

[Do livro «Nem Contigo Nem Sem Ti», de José Gameiro. Retirado da revista «Pública» do último Domingo.]

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

É o que dá acreditarmos no Pai Natal aos 33 anos

Image hosting by Photobucket

Hoje de manhã, ao chegar ao carro, deparo-me com uma rosa vermelha e um pequeno pacote de Ferrero Rocher no pára-brisas.

Céptica, resolvi ir observar os outros automóveis que ainda estavam na garagem para ver se também tinham sido contemplados. Nada. Entro no carro e confesso que comecei a ponderar na possibilidade estúpida de algum admirador secreto se ter dado àquele meloso trabalho.

A garagem do meu prédio tem cinco pisos e eu estaciono no último. Tentei afastar aquele pensamento absurdo à medida que subia pelos andares a cima mas não conseguia porque mais nenhum carro parecia ter a dita flôr e os ditos chocolates.

Ao alcançar o primeiro piso e visualisar a porta, não pude deixar de desenhar um sorriso idiota e sentir um certo contentamento com a ideia. Além disso, os chocolates eram claramente um presente personalizado (nesta altura já divagava) tendo em conta o meu conhecido vício.

Só que ao acelerar para a minha saída triunfante, cometi o erro de olhar para o lado e constatar que afinal existia pelo menos mais um carro com o pára-brisas enfeitado.

Bolas. Caí ridiculamente em mim. O meu Romeu deve ser, na melhor das hipóteses, a administração do condomínio.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Telefone estragado

- Este verde do BES é uma porcaria.
- Eu acho óptimo. E se correr bem, melhor. Se não correr bem, eu também não votei nele, portanto.
- ...? Estás a falar de quê?
- Do que tu disseste, do governo PS.

[«Telefone estragado» era um jogo da minha infância do qual não fazia parte a utilização de qualquer telefone.]

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Ironia nunca mais*

Num artigo publicado ontem, Fernanda Câncio queixa-se de ter que prestar esclarecimentos sobre o que quis dizer. Explica que escreveu um texto irónico sobre a existência de um tal de “lobby gay” e que dezenas de pessoas fizeram das suas palavras uma interpretação literal. Dezenas de ocidentais que não perceberam a piada.

Também me aconteceu aqui, excepto a parte das “dezenas de pessoas”. E, ao que parece, isto da ironia terá até inquinado a compreensão da carta entregue ao embaixador da Dinamarca em Portugal. Ironia das ironias.

Esclarecimentos, explicações, desculpas. Faz tudo parte da incompreendida arte da retórica.

[*Trata-se do título do referido artigo, presumo que irónico.]

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Teaser

Se-ren-di-pis-mos. Não é uma palavra fácil, mas nunca tinha tido dificuldade em dizê-la. Até que foi preciso dizê-la na rádio.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Mais violência

Como é que será aos quarenta?

Image hosting by Photobucket

Aos vinte, mal sabemos quem somos e o que queremos mas somos capazes de correr os riscos que forem precisos para atirar ao lado.

Aos trinta, começamos a perceber de onde viemos e para onde queremos ir mas pensamos demais e acobardamo-nos.

Partir para a ignorância

O caso deu-se num pequeno supermercado de Lisboa perante uma fila de umas dez pessoas que aguardavam a sua vez na única caixa em funcionamento. A dada altura, o último da fila, apercebendo-se das movimentações para abertura da caixa ao lado, saiu disparado do seu lugar e apresentou-se à recém-chegada funcionária para ser atendido de imediato. Em face dos comentários indignados provenientes dos clientes à espera, o sujeito retorquiu a alto e bom som: “o mundo é dos espertos!”.

Nisto, um dos clientes que aguardava a sua vez na fila aproximou-se do ‘esperto’, agarrou-o e projectou-o pelo ar, provocando o seu estrondoso embate no expositor mais próximo. Concluiu dizendo: “Não. O mundo é dos fortes.”. Neste momento o segurança da loja fez menção de intervir mas o ar ameaçador do cliente enervado assegurou-lhe, em vez disso, o mais rápido atendimento.

O ‘forte’ cometeu um crime de ofensa à integridade física e um crime de dano. Ao ‘esperto’ não é imputável a prática de qualquer ilícito.

[dedicado ao leitor das sextas]

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

A nova pirâmide alimentar

A minha mãe brinca muito comigo por causa das alterações que já fiz à minha dieta alimentar e daquelas que ainda necessito de fazer para comer melhor.

Resolvi andar à procura de informação para lhe explicar que não é (só) mania.

Comecei pela pirâmide alimentar porque a Huma me disse - entre muitas outras coisas sobre este assunto - que as regras foram alteradas em 2005 e que priveligiam agora um ainda maior consumo de legumes.

Aqui fica uma primeira informação para a minha querida progenitora e todas as outras pessoas que não levam minimamente a sério este assunto.

Diz-me

(Jesus,) tell me what you think about your friends at the top,
Now who'd you think besides yourself is the pick of the crop?
Buddha - was he where it's at? Is he where you are?
Could Mohammed move a mountain or was that just PR?
Did you mean to die like that? Was that a mistake
Or did you know your messy death would be a record-breaker?

[de «Jesus Christ Superstar», música de Andrew Lloyd Webber e letra de Tim Rice. When it was released on DVD, part of the lyrics was censored, mais aqui.]

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Só jogamos se for a brincar

No liceu havia uns miúdos que era muito fácil enervar. Umas piadas bem pensadas e eles iam-se abaixo. O gozo absoluto surgia quando ameaçavam bater. Se alguém nos ameaça bater por causa de uma piada dá-nos o certificado da nossa superioridade intelectual.

O humor e a destreza intelectual podem ser usados e interpretados como veículo de agressão. As agressões cometidas por esta via são toleradas pela lei (ocidental), enquanto que a violência física é um meio ilegal de agressão. E nós só jogamos se as regras forem estas.


Too late...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Mais um fim

Image hosting by Photobucket

Eles conhecem-se. Sabem das impossibilidades objectivas e dos impedimentos subjectivos, da esterilidade da relação e da fecundidade do sentimento.

A solução parece evidente e já está tomada por ambos. É lógica e ponderada mas, apesar de tudo, eu às vezes sinto que eles vão os dois trocar o principal pelo acessório e essa sensação é arrepiante.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Extracto de mim

Chère Maman

Je ne t'écris pas depuis longtemps. Tu sais bien que je suis paresseuse. J'ai une mauvaise nouvelle à t'annoncer. J'ai raté mon brevet de 50 mètres. Maintenant que je sais, je vais faire du cyclotourisme.

Les activités sont géniales. Je m'amuse super bien avec ma copine Verginie Patriarche. Mais avec la petite "malcriada" on a changé la chambre de cotê et je suis avec Verginie.

Tu sais ma plus belle nouvelle de ma vie: on a des lapins et des poules et on fait un élevage. Je suis contente. Ils s'appellent Bugs et Bunny (c'est moi qui ait donné le nom aux lapins).

Je vais te demander quelque chose. Je "veux" que tu envoies un colis pour moi et Verginie. Le manger est super-bon. J'ai prépararé des petits plats avec ma copine. Je sais jouer au Ping Pong. Nicola c'est un petit copain à moi et il c'est fait passer pour mon grand frère.

La nuit il fait très froid. Je t'ai écris une grande lettre. J'attends de plus grands événements pour t'écrire encore une fois.

Un gros bisou por toi et ma petite puce.

PS: Les monos sont super sympats. Puis-je emener le lapin ou alors s'il toplaît achête moi un hamster.

Obrigada mãe, por teres guardado esta e outras "preciosidades".

domingo, 5 de fevereiro de 2006

As fotografias

And if these pictures have anything important to say to future generations, it's this: I was here. I existed. I was young, I was happy, and someone cared enough about me in this world to take my picture.

Sy Parrish, psicótico.

As melhoras.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

I want

I want a brave love
One that makes me weak in the knees
I want a crazy, crazy love
One that makes me come undone at the seams

I’m tired of all these pilgrims
These puritans, these thieves
Of all the unbelievers
Who whittle love down at the knees

[de «Kiss the Flame», Jewel]

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Home sweet home - não podia ter corrido tudo bem

1º No dia marcado, os senhores do gás não apareceram, pura e simplesmente. Após um telefonema enfurecido, fizeram o favor de me explicar que o meu contrato (feito na Loja do Cidadão) tinha ficado preso no sistema.

2º Oito dias úteis para instalar a linha telefónica. Achei o prazo inaceitável mas ao menos apareceram na data e hora combinadas.

3º Esperei cerca de uma hora e meia para tentar entregar a TVbox nas instalações da TV CABO nas Picoas. Quando, desesperada me dirigi pela terceira vez a uma das funcionárias, ela lá se lembrou que para aquele efeito, também me podia dirigir à loja deles no centro comercial dos lagartos. Fui lá a correr, e só demorei cinco minutos. Não havia vivalma (pudera...).

4º Ao montarem o frigorífico, deram cabo de uma das portas dos armários da cozinha. Parece que vão lá hoje a casa para substituir a dita.

5º Com a montagem dos móveis e as limpezas que a mudança obrigou, consegui estragar completamente as unhas que andavam tão incrivelmente arranjadinhas.

Agora, já só me falta proceder às necessárias alterações de morada (bancos, finanças, etc.) e esperar pelos imbróglios do costume.

Rios de dinheiro

[ou "Filha, já sou empresário!"]

A Technip Portugal, até agora sob controlo da francesa com o mesmo nome, do grupo Total, foi alvo de um management buy-out (MBO), que possibilitou a passagem da gestão para mãos portuguesas. "Havia vários grupos estrangeiros interessados na compra da Technip Portugal, o que nos levou a avançar com o MBO, processo que foi concluído ontem".

[daqui]

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Estreia

Hoje vou estrear a nova ementa do Sushi Lounge. Qual cinema, qual teatro, estou é a ficar cliente de estreias e antestreias gastronómicas.