Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

terça-feira, 31 de março de 2009

Nem mais

Este fim-de-semana encontrei uma amiga na Gulbenkian que já não via há um tempo.

Estava com um ar radiante. Falou-me um bocadinho de trabalho e depois disse: "Sabes, tenho um namorado. Estou muito feliz."

Eu sorri e ela rematou: "É uma coisa importante".

segunda-feira, 30 de março de 2009

E o vento que se pôs

Não sei se li ou se inventei mas estou convencida que o vento faz mal à cabeça, à parte interior da cabeça. Talvez seja do barulho nos ouvidos.

sábado, 28 de março de 2009

Happy-go-lucky

Adorei, adorei, adorei. Este filme é a minha cara. Foi a Sam que disse.

Hope

"Esperança é uma expectativa superior a zero de atingir um objectivo."

Robert Twycross (2003) Cuidados Paliativos, 2ª Edição, Climepsi Editores.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Anda por aí muito blogue a não fazer nenhum

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quinta-feira, 19 de março de 2009

Distribuição normal - II

Esta é a minha ideia de curva da vida real.

Distribuição normal - I

Talvez, no plano dos princípios.

Um Mundo Novo

Li este livro devagarinho. A meio, percebi que o estava a fazer de propósito. Queria mastigá-lo muito. Falei do Eckhart Tolle a várias pessoas. Para elas, aqui ficam uns excertos de uma leitura assumidamente importante para mim.

O ego deseja mais precisar do que ter.

Na melhor das hipóteses, o pensamento pode apontar para a verdade, mas nunca é a verdade. Esta é a razão pela qual os budistas afirmam: "O dedo que aponta para a Lua, não é a Lua".

A emoção dominante em todas as acções do ego é o medo. O medo de não sermos ninguém, o medo da não-existência, o medo da morte.

Definir-se através do pensamento significa limitar-se.

Estar presente é sempre infinitamente mais poderoso do que qualquer coisa que se possa dizer ou fazer, embora, por vezes, estar presente dê origem a palavras ou acções.

Finalmente, após tantos anos, o mestre ia revelar-lhes o segredo para alcançarem a essência. "Este é o meu segredo", proferiu ele. "Não dou importãncia ao que acontece".

O ego pode ser definido de um modo muito simples: é uma relação disfuncional com o momento presente.

A vida, que é o agora, é vista como "um problema", e nós vivemos num mundo cheio de problemas que precisam de ser todos resolvidos para podermos ser felizes, para nos sentirmos realizados ou para começarmos realmente a viver - é assim que pensamos. O problema é que quando resolvemos um problema aparece outro. Enquanto o momento presente for encarado como um obstáculo, os problemas não vão ter fim.

A dupla realidade do Universo, composto por coisas e espaço - forma e nada - é igualmente a nossa realidade. Uma vida humana saudável, equilibrada e proveitosa é uma dança entre as duas dimensões que constituem a realidade: a forma e o espaço.

A não-resistência, o não-julgamento e o não-apego constituem os três aspectos da verdadeira liberdade e da vida iluminada.

Só podemos perder algo que temos, não algo que somos.

Se não estivermos num estado de aceitação, satisfação ou entusiasmo, ao olharmos com mais atenção, apercebemo-nos de que estamos a criar sofrimento em nós próprios e nos outros.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Os Cinco

Este, que corresponde ao 3º volume da colecção "Os Cinco" da Enid Blyton, foi o primeiro livro que li. Estávamos no Verão de 81, tinha 7 anos, e a minha irmã usou todos os truques de um verdadeiro vendedor de automóveis para me lançar na grande literatura. Os livros ou eram da mãe ou eram do tio, uma vez que cada um tinha a sua versão sobre a questão da propriedade e ambos tinham escrito o nome em cada exemplar. No ano que se seguiu li o resto da colecção e até aos 11, 12 anos reli cada livro umas oito vezes, sem exagero.

As histórias d'Os Cinco tinham, em primeiro lugar, a particularidade de abrir o apetite. Aquelas comezainas cuja ingestão nunca implicava o uso de talher, levavam à imediata preparação de um lanchinho para acompanhamento da leitura. Estas histórias tinham também detalhes que me intrigavam e que atribuía a algum desfasamento histórico ou cultural. Por exemplo: porque é que Os Cinco se levantavam de livre e espontânea vontade às sete da manhã? E, quando inadvertidamente se deixavam dormir até às nove, acordavam chocados com as horas? Muito estranho.

Mas a grande desilusão com Os Cinco motivou até um pedido de esclarecimentos à minha mãe. No livro em causa, Os Cinco reuniam-se em casa da Zé para as férias de Natal. Como a Zé estava com mau aproveitamento na escola, os pais tinham contratado um explicador para lhe dar aulas durante as férias e os primos resolveram também assistir às explicações para a Zé não se sentir tão desgraçada. O explicador era dos maus, coisa que a Zé topou logo mas levou algum tempo a convencer os primos. Nisto, Os Cinco encontraram um mapa que continha duas palavras em latim que eles, coitadinhos que não sabiam latim, não conseguiam decifrar. As palavras eram "via occulta". Fui acompanhando, incrédula, a incapacidade do Júlio, do David, da Ana e da Zé para compreenderem o significado da expressão "via occulta" e, mais, horrorizada por eles se irem meter na boca do lobo, pedindo ao explicador que lhes traduzisse as palavras, o que este faz revelando-lhes o espantoso significado de "caminho secreto". Ah, a minha indignação tinha atingido os limites. Fui queixar-me à minha mãe que Os Cinco (excepto o Tim que não tinha culpa) eram burros. Demorei algum tempo a perceber a causa para tamanha ignorância. Por mais que me dissessem que eles são ingleses e falam inglês, custou-me aceitar que os pequenos heróis não conseguissem dar o saltinho que vai de "via occulta" a "caminho secreto". Na melhor toalha caiu a nódoa.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Do lado de dentro

Uma pessoa, ou melhor, um homem de quem gosto e que admiro desiludiu-me.

Com nada de particularmente original. Aliás, vendo bem, acho que a causa da decepção consistiu na banalidade da falha.

Zanguei-me. Não o queria tão humano.

Sem lhe poder dizer nada, fiz birra e fingi que as aulas não recomeçavam na terça.

Empurra

Tira baseada em conversa mantida hoje de manhã:

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terça-feira, 3 de março de 2009

Un film straniero senza sottotitoli