Breves memórias
De onze em onze
Aos 11, morava na estação dos CTT, andava no colégio, não ia para a praia nas férias por causa da poupança para construir a casa (naquele tempo os empréstimos obtinham-se na família porque uma hipoteca da casa era a vergonha social).
Aos 22, já estava casado, uma filha pequena (outra viria encantar-me um ano depois), vivia em Campolide, quase a acabar o curso, part-time nos CTT (não era a colar selos).
Aos 33, outra vez casado, T1 na Graça, mais um bebé, um rapaz, a ver os eléctricos a passar, trabalhava na ferrugem (também faziam comboios em inox).
Aos 44, definitivamente ajuntado, outro menino, bem comportado, apartamento desafogado no Infantado, andava pelas feiras (nada que se compare com ciganos).
Aos 55, ajuntamento continuado, prometendo eternizar-se, “chalet” na Ponte, mais uma menina rabina, metido em engenharias (aspirando a empresário).
[copiado de um blog aqui ao lado]
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home