Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

terça-feira, 31 de maio de 2005

Sessão de terapia musical

Ontem à noite andei a remexer nos meus discos e reencontrei um CD do Elton John - Live in Australia with the Melbourne Simphony Orchestra - que eu não ouvia há séculos.

Resolvi levá-lo hoje de manhã para o recordar no carro. Não sabia se o disco ainda iria produzir qualquer tipo de efeito em mim.

Como tive de fazer um trajecto mais longo que os vinte minutos do costume, consegui ouvi-lo do princípio ao fim, com o volume no máximo que o rádio e as colunas do meu carro permitem.

Relembrar aquela música, aquelas letras e aquela voz, lavou-me a alma. Sem dor nem angústia. Cheguei ao meu destino revigorada e sorridente, pronta para enfrentar mais um dia de trabalho.

Convite (por email)

Se quiseres almoçar, aparece à uma e meia no sítio do costume (não, não é no Pingo Doce), e nada de avisar a polícia ou não nos responsabilizamos pelo estado de saúde do almoço.

segunda-feira, 30 de maio de 2005

Devaneio linguístico

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Será que anacronismo pode também significar eternidade?

domingo, 29 de maio de 2005

I'm done playing

Porque é que é preciso dizer tudo? O Earl não fala e o Ozzie percebe-o lindamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2005

Se eu morasse no 4º andar

Teria de subir e descer muitos lanços de escadas todos os dias.

Se morassem no 1º andar

Não tinham vista.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

O fabuloso mundo da audimetria (3)

Era previsível. Estou sem televisão há cinco dias. A Tv Cabo não sabe se a culpa será da Marktest que, por sua vez, não sabe se a culpa será sua, mas prontificou-se a enviar um técnico lá a casa. Entretanto, se lerem qualquer informação do género “um em cada mil portugueses não vê televisão”, podem acreditar mas saibam que é conjuntural (espero) e involuntário.

terça-feira, 24 de maio de 2005

O gordo

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (link na imagem) lançou uma campanha de sensibilização para o problema do excesso de peso nas crianças, fazendo-o, entre outros meios, através de um cartaz em que o miúdo gordo não tem nome - é o “gordo”.

As campanhas de sensibilização devem conseguir chamar a atenção e causar impacto nos destinatários da mensagem. Os destinatários desta mensagem são os adultos que, por razões de parentesco ou quaisquer outras, tenham a responsabilidade de cuidar da alimentação de crianças.

Ainda neste Sábado, a Huma contou-nos a impressão que lhe causou ouvir uma professora referir-se ao seu sobrinho como “aquele miúdo gordo”. O nosso sobrinho é imensas coisas: tem jeito para a música, é carinhoso, percebe imenso de computadores e, é verdade, está um bocadinho gordo, mas ainda não cresceu, vai dar um grande salto. Ouvir uma quase desconhecida referir-se a alguém de quem gostamos como “o gordo”, em especial quando esse alguém é uma criança, tem consequências. E a consequência que teve, logo naquela conversa, foi pôr-nos a falar da alimentação das crianças e, por exemplo, da necessidade de ser feita uma triagem aos produtos alimentares vendidos nas cantinas das escolas.

Penso que a campanha está bem conseguida no seu propósito de incomodar e impressionar quem, tendo crianças a seu cargo, tem também o dever de se preocupar com a sua alimentação, impondo todas as restrições que sejam devidas.

O Luciano considera que o cartaz tem requintes de crueldade. Admito que possa haver crianças que, percebendo a mensagem, se sintam atingidas. Mas nada que se compare com ser tratado pelos amigos lá da escola e, se calhar, até pela professora, como o “gordo”, ou com ser sistematicamente excluído de actividades, grupos e brincadeiras, por essa razão. Esse “tratamento” faz parte do seu dia-a-dia e é possível que a criança nem consiga expressar o desgosto que isso lhe causa. Ou seja, só para os pais, tios, professores, etc., do miúdo gordo é que a crueldade está no cartaz.

segunda-feira, 23 de maio de 2005

Vida de mãe - episódio 16

O meu filho ainda não tem três anos mas já tem a certeza que é do Porto.

É um escândalo, um desgosto imenso, uma derrota genética mas é verdade.

Hoje de manhã, experimentei mais uma vez alterar-lhe a cor do clube, sem sucesso.

Afirmei:"O Benfica ganhou o campeonato".

Ele respondeu: "Não. Foi o Porto."

Insisto: "Querido, o clube que ganhou esta época foi o Benfica".

Ele ignora-me e repete com um ar visivelmente aborrecido: "Não. Foi o Porto".

Vencida, precisei de recorrer ao progenitor dele que é dragão e que a muito custo lhe confirmou a verdade dos factos para que o puto aceitasse a evidência.

Ainda não foi desta. Irra, não me conformo. Nem eu nem o meu pai.

Pub

Por dezassete euros e qualquer coisa, na Fnac. No canal Sam toca agora a décima quinta música do disco 2. Detalhes aqui.

sexta-feira, 20 de maio de 2005

O fabuloso mundo da audimetria (2)

Claro que também existem imensas vantagens! Os meses de colaboração com a Marktest valem pontos. Três meses são 6.000 pontos, seis meses dão direito a 12.000 pontos, nove meses, 18.000 pontos e por aí adiante. E o que é que valem os pontos?

(a) Desde o direito a ditar, por um dia, a programação de um canal à sua escolha até às participações sociais da empresa proprietária do canal em causa; ou

(b) Desde ser um dos entrevistados de rua escolhidos ao acaso em programa a transmitir num dia útil da parte da tarde e na TVI, até apresentador de talk show a emitir em directo no canal 2 e ao serão de sexta-feira; ou

(c) Desde um jarro eléctrico Delfina da TEFAL, com capacidade de 1,5 litros e 2000 W de potência, até uma tenda BERG, com capacidade para 2 pessoas, varetas em duraluminium e 4,5 kg de peso.

Not Okay

I've got my pride, I will not cry
But it's makin’ me weak
I'm not your superwoman
I'm not the kind of girl that you can let down
And think that everything's okay
Boy, I am only human
This girl needs more than occasional
Hugs as a token of love from you to me
[de «Superwoman», Karyn White. Sem link, por causa da moralidade]

The iron lady

Tenho a certeza que até esta senhora gosta de ser acarinhada nos momentos difíceis.

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Necessidades básicas

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O fabuloso mundo da audimetria

São mil os lares portugueses sujeitos à medição das audiências de televisão. O meu é, desde há três semanas atrás, um deles.

Fui submetida a interrogatórios extensos, abrangendo todos os aspectos da minha vida, em duas entrevistas telefónicas e mais duas entrevistas presenciais. Tem animais domésticos? Plantas? Familiares ou amigos empregados em canais de televisão? E muitas outras mais complicadas. Tinha esperança de chumbar em algum requisito, mas não. Nem serviu de nada dizer “olhe que eu quase não vejo televisão”.

Houve duas advertências que me fizeram querer mandar esta minha colaboração graciosa às urtigas: “não terá de suportar quaisquer custos” (devo agradecer a quem?); e “temos de abrir o televisor e o vídeo mas o nosso equipamento não danifica os aparelhos nem afecta a qualidade da transmissão” (não me diga que vai ser possível continuar a ver televisão?). Mas calei-me e o processo seguiu em frente. Outras questões menores como não poder mudar de casa, nem de televisor, nem alterar o número de residentes no lar, não me preocuparam tanto.

A instalação demorou cerca de duas horas e meia. Consegui negociar o especial favor de não assistir à montagem do equipamento, embora não tenha sido possível furtar-me a receber, de imediato, explicações detalhadas sobre o seu funcionamento: accionamento, identificação do telespectador e tudo o resto que já não me lembro.

Fica de aviso para o caso de receberem uma chamada da Marktest e também para que se saiba que os dados das audiências são obtidos à custa do enorme esforço e dedicação de cidadãos anónimos.

A Billie e o Louie

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Telegrama

FOI ENCONTRADO STOP O PRAZO NÃO É AMANHÃ STOP INTERVENÇÃO BRILHANTE DE VASARIAH STOP O TIPO É MESMO COMPETENTE STOP

terça-feira, 17 de maio de 2005

Lamúrias

Sou uma desgraçada moira de trabalho que há dois dias só durmo quatro horas por noite e isto nunca mais acaba não lhe vejo fim e hoje nem tive direito a passeio nem nada snif.

Mas isto não fica assim porque eu não admito roubarem-me o tempo desta maneira gatunos. De maneira que mudei a música para o «Monday, Monday» dos The Mamas & The Papas.

Bocados de vida esquecidos na gaveta

Ao abrir uma pasta de rascunhos de uma caixa de correio que já não uso há tempos, fui encontrar uma série de mails com cerca de um ano que nunca chegaram a ser enviados. Relatos de sentimentos, expectativas e dúvidas. Li-me e magoei-me com a inequívoca diferença de tom entre a minha escrita de ontem e a de hoje.

domingo, 15 de maio de 2005

Valeu por quinze

[segui o link que encontrei aqui e, ainda-mais-também, obrigada pela ceia]

sexta-feira, 13 de maio de 2005

O jogo do ano

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Amanhã não espero outra coisa que a vitória do meu clube, de preferência estrondosa e sem polémicas.

quinta-feira, 12 de maio de 2005

Ruby Tuesdays

Às terças:
No one knows
She comes and goes

Ontem foi um dia mau

Levantei-me às dez para as oito, o que não me agrada mas também não me indispõe demasiado. O documento tinha de estar pronto à hora do almoço mas, para estes efeitos, a hora do almoço só chega por volta das duas e meia, três horas, altura em que alguns (poucos, muito poucos) já se encontram a lanchar. Eu daria conta do recado. Mesmo com o cabeleireiro às onze da manhã (impensável perder a marcação e adiar o corte para finais de Junho).

O problema foi ter calçado aqueles sapatos pretos com nove centímetros de salto - medidos a régua ontem - que tinha usado uma única vez em Setembro de 2003. Claro que são fabulásticos, o Patrick confirmou. Duas andas bambas amarradas aos pés através de um emaranhado de presilhas, é o que é.

Foi um pesadelo. Os pés a escorregarem-me do alto do salto para o fundo do sapato. A dada altura uma das artísticas presilhas começou a ceder, certamente devido a um uso tão desajeitado, e acabou por se descoser, dando prova imediata do seu contributo essencial para a parca estabilidade mantida na utilização do calçado. A partir da uma da tarde, já não me conseguia concentrar em mais nada a não ser os percursos pedestres que ainda teria de fazer, incluindo deslocações à casinha.

Nunca mais. Até acho que o melhor é nem pôr a arranjar aquela presilha.

[Cheguei a casa, calcei as minhas sandálias novas e tive uma noite excepcional]

quarta-feira, 11 de maio de 2005

Dancemos

Toda a noite.

terça-feira, 10 de maio de 2005

Estrondosa novidade !

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Estrada mágica (2)

[ou A grande vantagem de ir para Oeiras às nove da manhã de segunda-feira é o regresso por volta do meio-dia]

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Tenho de ir lavar as lentes, quer dizer, os vidros, ou melhor, o carro.

What about love?

1º- Um falhanço.

2º- Uma impossibilidade.

3º- Um anacronismo.

4º- Um desapontamento.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Eu só acho que queijo fresco sempre é mais dietético do que requeijão. É só isso.

Corrente literária - Resposta ao Um Bigo Meu

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser? Algum clássico francês estilo “Une Vie” do Maupassant ou num registo bem diferente, o “1984” do George Orwell.

Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um(a) personagem de ficção? Sim. Primeiro pelo Capitão Hadock e numa segunda fase pelo Poirot. Depois passei a ficar apanhadinha (que expressão tenebrosa!) por pessoas reais.

Qual foi o último livro que compraste? "Materna Doçura" daquele escritor com um nome absolutamente ridículo que eu me vou escusar a escrever.

Qual o último livro que leste? "O Jogador" do Dostoievski e "O Vendedor de Passados" do José Agualusa. Gostei dos dois sem amar nenhum.

Que livros estás a ler? O "Materna Doçura" que me está a surpreender pela positiva e o "Austerlitz" do Sebald (este mês resolvi ir espreitar algumas das preferências do Pedro Mexia).

Tenho na mesa de cabeceira o livro "Uma coisa em forma de assim" do Alexandre O'Neil mas ainda não o estreei.

E também "A Filha do Capitão" do José Rodrigues dos Santos que dorme comigo desde o Natal porque não o consigo acabar.

Na pilha, encontra-se ainda o último livro do Luis Sepúlveda (já li os outros todos e achei alguns deles absolutamente fantásticos), “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll (é um livro especial para alguém que eu gosto muito).

Por fim, o “La cause des Enfants” da Françoise Dolto que vou lendo ao sabor das birras do meu filho e ainda o “Testamento de um Poeta Judeu Assassinado” do Elie Wiesel e “A Náusea” do Sartre, dois livros que tenho de continuar a ler assim que o meu estado de espírito o permitir.

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta? Livros muito grandes e gordos para renderem o mais possível, como por exemplo a Odisseia e a Ilíada, os Maias, a biografia do Gabriel Garcia Marquez e os trezentos e quarenta e três volumes da enciclopédia Larrousse que contam para estes efeitos com uma única obra.

A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e porquê? À minha mãe por ser a pessoa que conheço que mais livros lê, à Huma por ler normalmente coisas que mais ninguém ousa ler e à Karma porque me apetece.

[Inês, a resposta é tardia mas mais vale tarde que nunca.]

Boletim Informativo

Já não sou surda. Yes. Aproveito para agradecer a quem de direito e pedir à nossa gestora que crie o meu tão desejado canal de música.

domingo, 8 de maio de 2005

É o maior

Assunto encerrado.

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sexta-feira, 6 de maio de 2005

photo-music-blog (have a nice weekend)

Friday night I'm going nowhere
All the lights are changing green to red
...
Saturday I'm running wild
And all the lights are changing red to green
...
Sunday all the lights of Lond-isb-on
Shining, sky is fading red to blue
...
[de «Babylon», David Gray]

Doucement

Está bem, querida tartaruga.

Sabonete, água e terapia

Daddy's a dark riddle
Mama's a handful of thorns
[de «Soap & Water», Suzanne Vega]

Ontem

- Hoje é dia cinco do cinco do cinco.
- Isso é um post?
- ...? Não, é um facto.
Afinal.

quarta-feira, 4 de maio de 2005

É capaz de não sobrar nada

You keep saying you got something for me
Something you call love but confess
You've been a'messin' where you shouldn't 've been a'messin'
And now someone else is getting all your best
These boots are made for walkin', and that's just what they'll do
One of these days these boots are gonna walk all over you
You keep lyin' when you oughta be truthin'
You keep losing when you oughta not bet
You keep samin' when you oughta be a'changin'
Now, what's right is right but you ain't been right yet
These boots are made for walkin', and that's just what they'll do
One of these days these boots are gonna walk all over you
You keep playing where you shouldn't be playing
And you keep thinking that you'll never get burnt, hah
Well, I've just found me a brand new box of matches, yeah
And what he knows you ain't had time to learn
These boots are made for walkin', and that's just what they'll do
One of these days these boots are gonna walk all over you
Are you ready, boots?
Start walkin'
[«These Boots Are Made For Walkin'», Nancy Sinatra, numa reprodução de fraca qualidade, ou seja, fiel ao original.]

A pedido de uma leitora identificada

Não é por mim. A sério. Não é por mim. Não tem nada a ver comigo. Mesmo. Não é por mim. É que não é nada por mim. Por toutatis, mas não por mim. De todo. Não é por mim. Absolutamente. Não é por mim. Não é por mim. Não é por mim. Não é por mim... Hã? Desculpa, estavas a falar comigo?

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terça-feira, 3 de maio de 2005

Parabéns Huma

E quando alguém nos abraça, o pássaro da alma
Que mora no fundo, bem lá no fundo do nosso corpo,
Começa a crescer a crescer,
Até encher quase todo o espaço dentro de nós,
Tão bom é para ele o abraço.
[de «O Pássaro da Alma», Michal Snunit]

D-day

Hoje vamos saber se nos vão deixar viver até Dezembro.

segunda-feira, 2 de maio de 2005

Quem sabe, sabe

O Estrela da Amadora assegurou a sua subida da Liga de Honra à SuperLiga, em jogo disputado com o Feirense pelas 16h00m do passado Sábado, dia 30 de Abril.

12 mulheres e uma cadela

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Foi estranho ouvir a Inês Pedrosa depois de a ler. A intensidade do barulho da representação revelou-se muito superior ao silêncio da minha leitura.

Advirto que a maior parte dos textos escolhidos são muito deprimentes, alguns até chocantes.

A encenação da São José Lapa surpreendeu-me com alguns bons momentos, originais, inclusivé o pormenor hilariante da cadela aparecer em carne e osso e ladrar mais que a conta.

Valeu a pena. Lamento é o teatro da Trindade ter estado quase vazio. Na sala, a quantidade de público não chegava ao dobro do número de pessoas em palco.

[Solicitam-se os comentários das outras duas companheiras de programa.]

Back to the future

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Sinto-me completamente viva. Do fio mais longo do meu cabelo até à pontinha mais remota do meu pé.

domingo, 1 de maio de 2005

Para as Três Mães Magas

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Primeiro de Maio

Hoje não vais trabalhar porque faz anos que és trabalhador.
Pois.