Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O contra-movimento pelo ponto de exclamação

In a puckish fantasy, the poet Linh Dinh imagined a hypothetical scenario in which it would be uncool to be too cool. "In an effort to inject more pep and resolve into its lethargic citizens," he waxed with prophetic longing, "the government is mandating the use of an exclamation mark at the end of each sentence, spoken or written. 'It looks like rain!' for example, or 'I must sleep!'" I suggest that you take his vision, Virgo, and turn it into reality for the immediate future! You would really benefit from getting more excited than usual! Who knows, maybe a simple thing like imagining every one of your sentences ending with an exclamation mark could make your whole being more thrillable!
[daqui]

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A lua-de-mel (2)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Filmes (8/15)

When Harry Met Sally (1989, Rob Reiner)

É um compêndio indispensável que trata de forma detalhada aquela disciplina da física nuclear intitulada "Can men and women be friends?" e ricas ramificações deste tema. Também eu já tive diferentes abordagens a esta matéria, sucessivas no tempo, que se resumem da seguinte forma:
Não, de maneira nenhuma (a ateia descansada);
Sim, absolutamente (a crente instável);
A razão não pode penetrar o reino do sobrenatural (a agnóstica estritamente correcta).

Aguarda-se, com expectativa, uma tomada de posição de Pedro Lomba sobre este assunto. Entretanto, ficamos com alguns diálogos que não esclarecem nada mas são giros: um, dois, três.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Filmes (7/15)

Sexo, Mentiras e Vídeo (1989, Steven Soderbergh)

E ao vigésimo visionamento reparo que o todo poderoso Spader é impotente.
Citações escolhidas: 1, 2, 3.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Filmes (6/15)

Os Amigos de Alex (1983, Lawrence Kasdan)

É um filme que conheço de cor. Apareceu também em cassete VHS mas numa gravação da televisão holandesa e com legendas a condizer, tinha eu 15 anos. Aliás, houve um período da minha adolescência em que havia lá em casa muita coisa proveniente da Holanda. Nesta cassete e igualmente com legendas em holandês estava ainda gravado o Great Gatsby (1974, Jack Clayton), com Mia Farrow e Robert Redford, que só assumiu alguma relevância quando cheguei ao 12º ano e o livro de Scott Fitzgerald fazia parte do programa de inglês.

Todas aquelas vezes que vi o filme, às vezes só como se fosse um teledisco (um fabuloso teledisco), nunca liguei a mínima importância ao suicídio do Alex. Mais tarde, quando mo ofereceram em DVD, com o título de capa "Il Grande Freddo" e ainda sem lengendas em português, dei mais atenção ao curto monólogo de Richard, um estranho àquele grupo de amigos que explica porque é que acha que o Alex não sobreviveu, concluindo: "Nobody said it was going to be fun. At least, nobody said it to me.". Creio que ele gostava que alguém lhe tivesse dito que ia ser divertido, apesar da desilusão que viria mais tarde. Era melhor do que nunca ter tido ilusão nenhuma. (*)

[As duas compilações de músicas deste filme são excelentes e intemporais mas nenhum dos discos tem esta música.]

sábado, 19 de setembro de 2009

Filmes (5/15)

Chinatown (1974, Roman Polanski)


Evelyn & Jake

Evelyn Mulwray: She's my daughter.
[Gittes slaps Evelyn]
Jake Gittes: I said I want the truth!
Evelyn Mulwray: She's my sister...
[slap]
Evelyn Mulwray: She's my daughter...
[slap]
Evelyn Mulwray: My sister, my daughter.
[More slaps]
Jake Gittes: I said I want the truth!
Evelyn Mulwray: She's my sister AND my daughter!

Visto cedo de mais, sem dúvida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Filmes (4/15)

Esplendor na Relva (1961, Elia Kazan)

Este filme foi oferecido à minha irmã em cassete VHS quando eu teria uns 12 anos. Vi-o bastantes vezes por ser bonito, sem perceber o drama. Só muito mais tarde, bastante mais tarde do que possam imaginar, compreendi as angústias dos personagens. Os filmes e os livros poderão ajudar a enquadrar experiências presentes ou passadas mas nunca nos preparam ou ensinam o que não vivemos.

Referências anteriores: uma, duas, três e quatro.
Diálogos seleccionados: aqui e aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Filmes (3/15)

High Society (1956, Charles Walters)

Mais um musical embora também goste muito do Philadelphia Story (*). Felizmente, não sou grande apreciadora de filmes de terror.

Música preferida: aqui numa versão muito apreciada de Deborah Harry e Iggy Pop para o álbum Red Hot + Blue.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A lua-de-mel

Filmes (2/15)

My Fair Lady (1964, George Cukor)

Vi o «My Fair Lady» pela primeira vez, na televisão, quando tinha 13 anos e por recomendação da professora de Inglês, recomendação essa que, contra todas as expectativas, decidi aceitar. Gravei em vídeo e passei tardes inteiras a rever o filme, durante semanas a fio, até ficar a saber de cor todos os diálogos e todas a músicas com todas as específicas entoações.(*)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Filmes - Prolegómenos

Já não sei exactamente em que circunstâncias mas comprometi-me a eleger o meu top 15 de filmes. Ia apenas enumerá-los só que surgiram outras coisas, certamente derivado a circunstâncias ou situações. Seguirão pela ordem cronológica em que os vi pela primeira vez, mais ou menos.

Filmes (1/15)

O Menino Selvagem (1970, François Truffaut)

O filme fazia parte do plano de formação das crianças estabelecido pela minha mãe. Assim, quando aos meus 9 ou 10 anos surgiu na programação televisiva, ficou logo marcado um serão familiar para o vermos em conjunto. Só o voltei a ver há três anos atrás quando comprei o DVD e, no entanto, conseguia reproduzir todos os detalhes da história apenas baseada naquela primeira vez que o vi.

Fui apanhada desprevenida. Foi bastante penoso assistir, com aquela idade e talvez por causa de antecedentes biográficos, a um filme que acompanha o processo de educação de uma criança sem as regras. Fiquei atrapalhada, até envergonhada, com a perturbação que o filme me causava e aproveitei os vários intervalos para ir disfarçadamente despejar umas lágrimas à casa-de-banho.

Na cena que mais me marcou, o “cientista“ pretendia apurar se a criança reconhecia a diferença entre o justo e o injusto. Para isso decide punir o miúdo quando ele se estava a portar bem. A criança, ao ser arrastada para o quarto escuro sem razão nenhuma, revolta-se, esperneia e grita. Então, o professor tira-o do castigo e fica todo satisfeito porque o miúdo sabe reagir à injustiça.

Neste momento da história, eu estava pronta para estrafegar o senhor professor. Pus-me no lugar do miúdo e concluí que eu não teria reagido. Vislumbrei (acertadamente) um futuro angustiante de submissão a uma série de injustiças. E decidi que o professor estava errado: que não era a criança que tinha de reagir à injustiça, era o adulto que tinha de agir correctamente. Não aprendi nada mas fiquei preparada para o pior.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Maré cheia (3)


A primeira veraneante e a terceira veraneante desenhadas pelo segundo veraneante

Uma vez que ninguém se atreveu a arriscar um cenário quanto ao que se teria passado naquela tarde de Agosto, é de bom grado que venho esclarecer que o mar "lambeu-nos" as traquitanas, é certo, mas também que os vizinhos de chapéu se apressaram a assegurar que nada desapareceria em alto mar, chegando tudo mais para cima da duna. Vivam os vizinhos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Indispensáveis #24


Samsonite Folding Bag (Orange) - O saco de praia como deve ser.

A pessoa pondera se haverá necessidade de ter um saco de praia impermeável. Sendo a pessoa do género de ir dar um passeio pela praia fora no horário de subida da maré, a resposta é sim. O facto de o saco se dobrar todo e ficar do tamanho de uma mão não é necessário, em sentido estrito, mas é giro e, como tal, indispensável.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Maré cheia (2)


Isto foram mais de 500 metros para cada lado.

Maré cheia

Três veraneantes vão dar um passeio pela praia. No regresso e ainda a considerável distância do seu destino, onde se encontram as respectivas toalhas, sacos, roupas, livros, chapéu e toda a tecnologia que agora também nos acompanha para a praia, ocorre à primeira veraneante que a maré estava acima do nível habitual e que era provável que o mar tivesse arrastado os tarecos deste simpático grupo. E, sem querer ser demasiado alarmista, ainda guarda para si um rápido cálculo de perdas e danos.

Confrontado com esta possibilidade, o segundo veraneante concebe um cenário em que, confirmando-se a ameaça do mar sobre os seus pertences, os vizinhos de chapéu zelariam pela segurança e integridade daqueles bens.

A caminhada prossegue e enquanto estas impressões são trocadas, a terceira veraneante jura, promete e garante que a água do mar está longe de atingir os domínios onde este trio se instalou.

Custa a acreditar que o mais certo é estas três pessoas votarem no mesmo partido. Mas a questão que se coloca é: quem acertou?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Como a minha irmã não dispõe de outra fonte de informação sobre a blogosfera, divulga-se também aqui o aparecimento de um blogue novo:

Lei Seca