Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

quinta-feira, 31 de março de 2005

"As notícias da minha morte foram largamente exageradas"

Um tipo está no restaurante chinês, onde assiste calmamente ao pessoal todo a cantar Neil Diamond no Karaoke, e resolve dizer que o George Michael é «foleiro».

Control freak

Também eu. No meu caso, o exercício pseudo-profissional das funções de co-piloto é apenas uma das manifestações, da qual a meg tem sido uma vítima recente. Pedir indicações? Nunca, jamais, em nenhuma circunstância.

O meu problema é acreditar que tudo o que seja eu a fazer fica melhor e a forma como eu o faço é a melhor. Porque ninguém se dá ao trabalho, fazem tudo com os pés. E é tramado quando estamos sujeitos a que nos comparem ao pai do Calvin.

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quarta-feira, 30 de março de 2005

Os meus contos infantis favoritos 1

É uma das sete histórias deste livro e chama-se "La sorcière du placard aux balais".

A imaginação delirante do Pierre Gripari cozinhou uma trama genial com uma ladainha proibida, um notário malvado, o Senhor Pedro, uma bruxa, três pedidos impossiveis, dois peixes mágicos e um rato tradutor.

Aguardo ansiosamente que alguém se lembre de publicar este livro em português para o poder oferecer ao meu filho, aos piris e à nossa M.

Papel

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Incomoda-me a quantidade de papel impresso que vai para o lixo sem que ninguém lhe ponha sequer a vista em cima. As contas e extractos mensais, as revistas do Corte Inglês, as cartas da Ordem, o Expresso.

Como matar um blog

No intervalo de um mês. De forma lenta e dolorosa.

This one goes out

Para o rapaz ali ao fundo, atrás da coluna. Como ele tem um problema de audição – é surdo, tecnicamente falando – fica a legendagem parcial e tendenciosa.

ta rara, ta rara, ta rararara, ta rara, ta ra ta ta; ta rara, ta rara, ta rararara, ta rara, ta ra ta ta, ta rara, I was mixed up when you came to me, too broke to fix… …my heart was broken, I was not open to your suggestions… …you just kissed away… …the day you walked in and changed my life… …I think it's amazing… …ta rara, ta rara, ta rararara, I think it's amazing, ta rara, ta rara, ta rararara, I think you're amazing, ta rara, ta rara, ta rararara... ...you tried to save me from myself, you said “Darling, kiss as many as you want, my love’s still available and I know you're insatiable” … …we're like victims of the same disease… …I think it's amazing, ta rara, ta rara, ta rararara... ... I think you're amazing, ta rara, ta rara, ta rararara, ta rara, ta ra ta ta...

terça-feira, 29 de março de 2005

Histeria (cont.)

Sally -I'm gonna be forty.
Harry - When?
Sally - Someday.
Harry - In eight years.
Sally -But it's there. It's just sitting there, like some big dead end. And it's not the same for men. Charlie Chaplin had kids when he was 73.
Harry - Yeah, but he was too old to pick them up.
[de «When Harry Met Sally», Rob Reiner, 1989]

Histeria

Ontem detectei dois cabelos brancos. Não os arranquei para não precipitar a menopausa. Toda a gente sabe isso.

Alerta: a Rita vai de férias para a semana

Fez as reservas e, de imediato, ocorreu um sismo na Indonésia de 8,7 na escala de Richter [ler aqui]. O problema já foi identificado, embora ainda não tenha sido encontrada forma de o debelar. Ah, e esta aposta era uma brincadeirinha, ok?

segunda-feira, 28 de março de 2005

O primeiro blog com serviço ao domicílio

Telefonamos a fregueses especiais para que não percam a selecção musical do dia.

ps – obrigada

Júlio Machado Vaz tem um blog. JMV teve, há muitos anos, um programa de rádio chamado «Sexo dos Anjos». O programa passava na TSF aos domingos à noite. Eu tinha 17 anos e ouvia. JMV e o programa «Sexo dos Anjos» intervieram directamente na minha vida; determinaram e precipitaram o curso dos acontecimentos da melhor forma possível.

O livro com o mesmo nome, que se seguiu ao programa, foi outro marco importante. Com base nele trocámos muitas notas; muitos bilhetinhos com comentários pessoais e a devida referência à frase que os suscitava, indicando a página. Não fizemos apontamentos no próprio livro antevendo que seria lido por terceiros.

Nessa altura e durante vários meses, acarinhei o “projecto” de escrever a JMV – à mão, uma carta a sério, como ainda se usava – contando-lhe, com todo o detalhe, este “feliz acaso” da sua interferência radiofónica. À noite, antes de adormecer, compunha mentalmente os longos parágrafos da carta interminável (até porque todos os dias me lembrava de, ou acontecia, mais alguma coisa para contar).

Nunca cheguei a escrevê-la. Segue agora sob a forma de post e com o tamanho do que seria um mero post scriptum na sua versão original.

O direito a não ter certezas

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Eu também não sei. É como diz João Miguel Tavares: "Quem tem razão? Muito sinceramente, não sei. Não sei. Parece-me tão indigno prolongar indefinidamente a vida de uma mulher que nunca recuperará a consciência como deixá-la morrer de fome e de sede".

Vida de mãe - episódio 14 (cont.)

A experiência do cinema foi um êxito surpreendente. O meu filho estava excitadíssimo, de olhos esbugalhados e boca aberta a olhar para o ecrã.

Não teve medo da escuridão, adorou a história e nem sequer pediu pipocas apesar de ter visto quase todos os miúdos agarrados aos baldes de milho com açucar.

E quando acabou, levantou-se da cadeira mas não saiu da sala porque quis ficar a dançar a música do genérico.

[Aproveito para informar que a quinta pedagógica só abre às 11h00.]

domingo, 27 de março de 2005

Luck is a lady

Numa máquina muito esquisita, aparentando ter sido viciada (assunto debatido com seriedade entre os circunstantes), e que não deu nada aos cerca de dez candidatos que me antecederam, cada um munido de várias fichas, ganhei TRÊS bilhetes para o concerto do Jamie Cullum, no próximo dia 23 de Abril. Não foi a mim que a sorte sorriu desta forma tão expressiva. Foi a pensar noutra pessoa. De qualquer forma, soube-me bem que tenha brilhado por meu intermédio.

sábado, 26 de março de 2005

Devo ser muito esperta noutras coisas

"I hate to tell you, but that whole "I don't want to ruin the friendship" excuse is a racket. It works so well because it seems so wise. Sex could mess up a friendship. Unfortunately, in the entire history of mankind, that excuse has never ever been used by someone who actually means it. If we're really excited about someone, we can't stop ourselves - we want more. If we're friends with someone and attracted to them, we're going to want to take it further. And please, don't tell me he's just "scared". The only thing he's scared of - and I say this with a lot of love - is how not attracted to you he is."

[excerto do livro "He's Just Not That Into You: The No-excuses Truth To Understand Guys" de Greg Behrendt.]

He’s just not that into you: o livro

He's Just Not That Into You — based on a popular episode of Sex and the City — educates otherwise smart women on how to tell when a guy just doesn't like them enough, so they can stop wasting time making excuses for a dead-end relationship.

Oh sure, they say they're busy. They say that they didn't have even a moment in their insanely busy day to pick up the phone. It was just that crazy. All lies. With the advent of cell phones and speed dialing, it is almost impossible not to call you. Sometimes I call people from my pants pocket when I don't even mean to. If I were into you, you would be the bright spot in my horribly busy day. Which would be a day that I would never be too busy to call you.

For ages, women have come together over coffee, cocktails or late-night phone chats to analyze the puzzling behavior of men.

He's afraid to get hurt again.
Maybe he doesn't want to ruin the friendship.
Maybe he's intimidated by me.
He just got out of a relationship.

He's Just Not That Into You is provocative, hilarious and, above all, intoxicatingly liberating. It deserves a place on every woman's night table. It knows you're a beautiful, smart, funny woman who deserves better. The next time you feel the need to start "figuring him out," consider the glorious thought that maybe he's just not that into you. And then set yourself loose to go find the one who is.

[daqui por ter seguido a preciosa pista da mãe da meg]

sexta-feira, 25 de março de 2005

Denial

Digo? Não digo? Digo.

Estava para aqui a enfardar as amêndoas da Karma e a ouvir música nos blogs – aos bochechos por culpa da telepac – quando me deparei com o True Lies; o novo blog de quem, depois de muito esforço, vários exemplos e alguns desenhos, me conseguiu explicar o que quer dizer “com a verdade me enganas”.

He’s just not that into you (repeat ‘till fade)

A amiga aconselha-a a não pensar nas piores coisas. Os telemóveis descarregam-se. Esquecem-se nos bolsos. Desligam-se nos cinemas.*

Eu aproveitei casos recentes para lhe lembrar que há até quem deixe cair o telemóvel na sanita ou na banheira. Mas I have to say that’s all code for “he’s not that into you”.

[*Inês Pedrosa, Expresso, 25 de Março, onde transcreve este post. Os sms são os sms e não as sms, está bem?]

quinta-feira, 24 de março de 2005

Vida de mãe - episódio 14

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Programa infantil para um feriado em Lisboa:

09:00 Desenhos animados na caminha da mãe

10:00 Pequeno almoço

10:30 Quinta pedagógica dos Olivais

13:00 Almoço

14:00 Sesta

16:00 Cinema: Heffalump - O Novo filme do Winnie the Pooh.

17:30 Lanche + Ovo Kinder

19:00 Banho com piscina de brinquedos

20:00 Jantar

21:00 História

21:10 Cama

Pub

Baby, the stars shine bright.

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Reserve já.

On a brighter note

Este ano tem 321 dias se descontarmos o intervalo do panamá. Três, dois, um. Três no cabeçalho, dois de quórum contemporâneo máximo e raro, um Fora do Mundo. Parabéns.

Isto é o fim

Para O País Relativo, o fim tal como interpretado pelos Doors. Prometemos retomar a emissão normal antes que a depressão se instale.
This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need of some stranger's hand
In a desperate land
[...depois começa a desconversar]

quarta-feira, 23 de março de 2005

Serenata

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terça-feira, 22 de março de 2005

A nossa festa

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Foi um sucesso retumbante. A Sam foi eleita a convidada mais elegante da noite e a Inês a mais atrasada mas também a mais oportuna (trouxe o pacote de leite que fez toda a diferença). O evento durou até perto das quatro da manhã.

segunda-feira, 21 de março de 2005

What if I drown in this sea of devotion?

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Tive aulas de dança no liceu e interpretei umas coreografias em festas escolares. Hoje em dia a dança não é coisa que me entusiasme por aí além. Excepto quando vejo este teledisco*. Esta coreografia, e a forma como é dançada, é das melhores manifestações de liberdade de movimentos e de aprazível expressão corporal. Gostava de a aprender.

*vocábulo em voga nos anos oitenta do século passado que designava viedoclip.

domingo, 20 de março de 2005

Pub

Não adie mais a marcação da consulta que irá mudar a sua vida e obtenha o aconselhamento filosófico que lhe tem faltado. Na Av. da Liberdade, nº 202, em Lisboa.

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sexta-feira, 18 de março de 2005

Entrevista de rua

- E o que tem a dizer sobre a situação?

- Portanto, eu acho que ele devia sair de lá, não é? Era o melhor para ele. Quer dizer, aquilo qualquer um vê que é uma pessoa com grande potencial que está ali a marcar passo. Era arranjarem-lhe, prontos, uma casinha só para ele desenvolver aquelas ideias e não estar sempre a ser esquecido só porque os outros escrevem demais. Porque quantidade não é qualidade - quantidade não é qualidade, tá a perceber? - e eu acho mal, não é, que as pessoas não prestem atenção às coisas e não vejam o que é que se está ali a passar, não é? Por exemplo, aquele rapaz, o outro, sempre tão ufano. Esse nunca mais apareceu. É que nunca mais apareceu, homem! Portanto, é como eu estou a dizer. O outro sabe que não tem estatura para aquilo. Quer dizer, não está à altura. Sabe e claro que não quer entrar agora em comparações, não é? O que é que pode fazer? Nada! Rigorosamente nada. Como é que o outro espertinho ia agora arrebentar com os textos dele? Impossível. É que os textos dele vê-se bem que são produtos literários que não se lhes pode apontar isto. Ele vai longe mas é uma pena não ter já ido.

quinta-feira, 17 de março de 2005

He’s just not that into you

Continuação:

Elaine - Listen, lemme ask you something. When you're with a guy, and he tells you he has to get up early, what does that mean?
Jerry - It means he's lying.
Elaine - Wow...
Jerry - Why? Is that what he told you?
Elaine - Yeah, last night. Oh, come on... Men have to get up early some time...
Jerry - No. Never.
Elaine - Jerry! I'm sure I've seen men on the street early in the morning.
Jerry - Well, sometimes we do actually have to get up early, but a man will always trade sleep for sex.
Elaine - Is it possible I'm not as attractive as I think I am?
Jerry - Anything's possible...
[copiado daqui]

Luciano Amaral 0 - Pedro Mexia 1

Escrevem hoje os dois no DN sobre o mesmo tema. No entanto, abordam-no de maneira bem diferente. A visão do primeiro irritou-me exactamente pelos argumentos apontados pelo segundo.

[Parece falta de isenção mas não é. Só não fiz o link para o texto do Luciano Amaral "O espectador comprometido" porque aparentemente não está disponível na edição on line do DN.]

Discos pedidos

Após exaustiva investigação, descobrimos que o pc da mana tem som, bastando-lhe regular o respectivo volume para ouvir a música [bravo, clap clap clap]. Para a minha irmã e porque pediu, apesar de não ter preenchido o requerimento modelo 3A que temos à disposição: a Carly Simon com esse tema lendário «ó meu ganda peneirento».

quarta-feira, 16 de março de 2005

They lie. I lie.

Esta é a minha grande estratégia.

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Engate

Estratégia nº 1 – Parada de galanteios. O elogio gratuito, exagerado e despropositado que ao fim de duas frases deixa de ser credível. Como, apesar dos pesares, não acredito que esteja a gozar com a minha cara, fica só o meu embaraço perante quem trás as suas intenções escritas na testa mas está convencido que não se nota.

Estratégia nº 2 – Vitimização. Descrição detalhada do cenário negro e desértico em que se tem traduzido a sua vida afectiva. A falta de tempo, as preocupações, a crueldade, vacuidade ou frieza femininas. Estou convencida que este teatro se destina essencialmente a friccionar o instinto maternal.

Estratégia nº 3 – Sinceridade. Desconstrução das estratégias nº 1 e nº 2. Sei que não irias em cantigas; és inteligente (pisca o olho à estratégia nº 1) e não faz o meu género apelar à compaixão (chamada de rodapé à estratégia nº 2), mas a verdade é que estou muito interessado em “conhecer-te melhor”.

A minha sugestão é só esta: cinjam-se a uma única estratégia por batalha. Nada é mais contraproducente do que a experimentação dos diferentes argumentos, com a mesma pessoa ao longo da mesma noite, num modelo de “tentativa e erro”.

A mãe telefonou

Para dizer que nos descobriu em quatro horas. Perdemos intimidade mas ganhámos uma leitora.

O pai telefonou

Então, não tens escrito no blog. [último post a 4 de Março] E viste que criei outro? [já tem três] E aquilo sobre a mini-maratona, leste? Pus umas fotos, não viste?

Bom, quando é que passas por cá? [ah!]

terça-feira, 15 de março de 2005

De misguided angel a little Hitler

Enganaste-te. Confundiste mero autoritarismo com confiança; tomaste simples intolerância e irascibilidade congénitas por firmeza e perseverança. Agora é constrangedor teres de reconhecer a cobardia e a inconsistência. Quem é que te manda entrar em idealizações?

segunda-feira, 14 de março de 2005

Discos pedidos

Começamos hoje a aceitar pôr aqui a tocar músicas da preferência dos nossos ouvintes. Isto seguindo um rigoroso critério discricionário e aleatório. A Ritinha - minha room mate vai para três anos que diz não ter blog (pois) – escolheu The Smiths, «Death of a Disco Dancer». Dependendo da disposição em que nos encontramos, este até consegue ser um espaço aberto a outros gostos. [também é só uma questão de não carregar no play.]

Sorte

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Existir alguém que de vez em quando nos fala, nos toca, nos faz sentir bem.

Um governo 100% feminino

Foi o que a Ana Sá Lopes e o Mário Mesquita fizeram no Público de Domingo e o resultado não é nada mau, não senhora.

sexta-feira, 11 de março de 2005

Let’s play ball

Isto há-de progredir. Nem que tenha de ser a bola a dar o pontapé de saída.

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A propósito do dia internacional da mulher (8 de Março)

A entrevista à Leonor Beleza na Pública de 06.02.05 é interessantíssima e esclarecedora. Não consigo perceber como é que há gente que acha que o tema da discriminação das mulheres na sociedade portuguesa já se encontra resolvido.

[Tenho pena mas não consegui arranjar o texto no site do Público e dada a sua extensão não dá para o reproduzir aqui].

quinta-feira, 10 de março de 2005

You’re so vain, outra vez

Se achas que o post é sobre ti, estás enganado. Sempre que isso te ocorrer, lembra-te: estás enganado. Pensas conhecer os factos que sustentam as minhas palavras, mas estás enganado. Identificas-te com o relato meio cifrado, só que a resposta está na outra metade e - mais uma vez - estás enganado. Não é sobre ti, não é para ti, não tem nada a ver contigo. Nem mesmo este post te diz respeito. E não me venhas perguntar a quem é “dirigido”.

Unbonding

Conhecemo-nos há oito anos e numa coisa ele levou a melhor: “somos amigos”. Não há nada mais difícil do que “acabar com um amigo” – o Seinfeld dedicou um episódio inteiro a este tema. Já tentei. Já cheguei até a pensar que tinha conseguido. Mas não. Ele tem um talento especial para contornar qualquer tipo de confronto, por mais directo e inequívoco que seja, e consegue perpetuar a ligação. Chego à mesma conclusão do Seinfeld, o melhor é conformar-me.

His name is Joel Horneck. He lived like three houses down from me when I grew up. He had a Ping Pong table. We were friends. Should I suffer the rest of my life because I like to play Ping Pong? I was ten. I would've been friends with Stalin if he had a Ping Pong table.. he's so self-involved.

(...)

I have to wait for someone to die. I think that's the only way out of this relationship. It could be a long time.

[daqui]

quarta-feira, 9 de março de 2005

Another chance

A rapariga tem um coração enorme, maior do que ela, e transporta-o exposto pelas ruas da cidade, sorrindo. É um handicap. Vai gerando desconforto e atrapalhação para a própria, e suscitando a desconfiança e a rejeição dos outros. Confrontado com estas reacções, o coração vai diminuindo até ficar do tamanho de uma tolerável caixa de bombons. Ela está triste, encostada a uma parede e já não assusta ninguém com o coração encolhido nas mãos.

Nisto, o rapaz convida-a para um café, fala com ela e leva-a a casa. Ela fica nas escadas do prédio com um ar sonhador, enquanto o dia nasce. O rapaz, depois de virar a esquina, volta para trás. Presume-se que arranjou coragem para mais qualquer coisa que não tinha dito ou feito. Ele espreita pela esquina da rua e vê-a nas escadas do prédio... com o coração novamente enorme. Não, não, assim não, encolhe lá isso! Mas já não há nada a fazer. O rapaz vai-se embora assustado.

Dias mais longos

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Tenho a impressão de ter saído na primavera antes de chegar à estação. Devo andar com pressa (ou compressa).

terça-feira, 8 de março de 2005

Faz-me falta

O stress que sentia quando procurava desesperadamente um lugar para estacionar o carro.

D-i-v-ó-r-c-i-o

A palavra é detestável mas apresenta uma vantagem incontornável: é que não deixa margem para dúvidas.

O melhor remédio para um corpo com a alma maltratada

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Uma massagem de aromaterapia no spa do Hotel Ritz em Lisboa.

Redecorar

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sexta-feira, 4 de março de 2005

Compreensão e respeito

Para com os imbecis.

Pub

O chá do momento: «Jasmine Delight». Aprovado pelas maiores especialistas.

Aliás, esta loja – Rituals – só tem coisas fantásticas.

Surdos

A minha irmã, a meg e o maradona (tudo apagado outra vez, tss tss) não conseguem ouvir as músicas que eu ponho aqui a tocar. Hoje, especialmente para eles e em sinal de protesto, não digo qual foi a escolhida.

quinta-feira, 3 de março de 2005

A Ópera do Malandro

Teria valido a pena se só tivesse servido para conhecer a origem de várias canções que ouço desde sempre. Gostei. Mesmo.

Ainda por cima, a Sam conseguiu escolher os melhores lugares da sala.

Eu até queria muito

Mas não consegui arranjar a tempo um saco-cama para ir comprar um bilhete para o concerto dos U2.

Per te

È per te ogni cosa che c'è, ninna na ninna e...

Parente de quatro patas (3)

Este gato é a última aquisição da minha mãe e o meu preferido.

[E agora, para a Charlotte, o link que faltava. Miau.]

quarta-feira, 2 de março de 2005

É sim senhor

Ah pois é, local adequado, próprio e conveniente para enigmas Octavianos. Eu adoro enigmas Octavianos. Eu desvendo enigmas Octavianos. Não sei é por alma de que Octário (ou será Octávio?) se lhes chamam enigmas Octavianos.

Caros ouvintes

Gerou-se uma febre bowieana. Fica, então, um tema dedicado ao «Homem-Estrela» da foto abaixo. He’d like to come and meet us but he thinks he’d blow our minds – e tem ele muita razão.

A Bimby

Conheci este utensílio culinário quando a Huma o adquiriu há mais de um ano. Na altura, pensei que só ela é que se lembraria de gastar uma pequena fortuna com um gadget para a cozinha.

Mas enganei-me. Um tempo depois, foi a vez da mulher do meu pai e agora até tu, que és homem, já falas em comprar uma!

E todos vocês se referem à dita como se estivessem a falar de uma cozinheira de carne e osso. "E o leite-creme da Bimby, já prováste? É delicioso. E os sumos de fruta? Extraordinários. E a lasanha? Formidável".

[Eu já estou é cheia de fome. Devia ter escrito este post depois do lanche.]

terça-feira, 1 de março de 2005

Os Óscares – boletim noticioso

O homem mais lindo do mundo abraça, convicta e literalmente, embora apenas dentro dos limites dos seus braços, a campanha por beleza real da Dove. Aqui a temos em 2004 e em 2005, tendo nesta última cerimónia optado por ir vestida de sofá. Volumosa ou charmosa?

Música no blog

A pedido da Karma e para festejar o início do novo mês, hoje vamos ouvir «Vida em Março» de David Bowie. [meg: não consegui encontrar a «Vida em Cadburys»]