[de «Everybody knows», Leonard Cohen]
Everybody knows that you've been faithful
Ah give or take a night or two
Everybody knows you've been discreet
But there were so many people you just had to meet
Without your clothes
And everybody knows
The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]
Everybody knows that you've been faithful
Ah give or take a night or two
Everybody knows you've been discreet
But there were so many people you just had to meet
Without your clothes
And everybody knows
"Há 30 anos eram assim os primos. Junto à antiga casa de uns e nova casa de outros, atrás o R4 expectante, estavam de partida para um pic-nic."
[Copiado de um blog aqui ao lado. Eu não teria cortado os pés a metade do grupo. O belo do pic-nic era um hábito muito apreciado.]
"Há palavras que nos atraem pela sonoridade que produzem. Outras pelo que representam. Confesso que até há poucos dias a expressão inventada pelo escritor e antiquário Horace Walpole há 250 anos - o "serendipismo" ou "serendipidade", consoante o tradutor - fez, para mim, parte das primeiras".
Excerto do artigo de Luis Pais Antunes publicado no DN de 26 de Janeiro de 2006.
A minha recente passagem pelo ioga foi meteórica (quatro aulas) e não devia ter sido. Confirmei que respiro pouco e mal. A propensão para não respirar já me tinha sido diagnosticada. Ao que parece, a apneia pode actuar eficazmente como anestésico, tanto fisiológico como psicológico.
Mas isso acabou-se. Vou aprender a respirar.
Quando iniciámos o nosso regresso, começámos por um fazer um mini-cruzeiro entre a Grécia e Itália. Embarcámos num magnífico empreendimento turístico com nove andares, três elevadores, piscinas, dois restaurantes, um self-service, entre outras comodidades.
Ou seja, instalámo-nos no barco do amor. Os adultos numa cabine e as crianças noutra. A marcação, feita à última da hora, deu-nos direito a uma cabine em cada ponta da "pequena" embarcação. Tendo em conta a grande distância entre as cabines e a idade das crianças (9 e 11 anos), os adultos entenderam por bem dar-nos uma breve explicação sobre o que fazer em caso de emergência. Uma demonstração tipo hospedeira que, no fundo, se restringiu à tradução parcial das instruções penduradas atrás da porta da cabine.
Em caso de emergência acende-se esta luz. Vestem os coletes de salvação que estão neste compartimento. Saem da cabine e ficam à porta, à nossa espera. Faço notar que ninguém falou em qualquer tipo de sinal sonoro. Não. Apenas acende-se esta luz.
Terminadas as explicações, dadas as boas-noites e já com a cabine às escuras, eu, deitada na cama de cima do beliche, apercebo-me da terrível realidade: se adormecer não poderei controlar o eventual acendimento daquela luz tão importante. A solução foi passar a noite inteira a olhar para uma luz apagada no tecto da cabine. Não vacilei um minuto. Em duas ou três ocasiões estive mesmo para dar o alarme geral. A luminosidade que entrava em determinado ângulo, incidia naquele foco vermelho e quase parecia que a luz estava acesa. Foi uma tortura.
No dia seguinte, perante a minha cara de noite em claro, falaram-me em "sirenes". Tarde, demasiado tarde.
Os pais e tios das minhas fotografias de infância tinham menos de trinta anos. Às vezes lembro-me disso.
Após três longos dias de mudança, encontro-me finalmente instalada na minha casa nova. Estou estafada, mal me consigo mexer, preciso de dormir umas horas valentes mas sinto-me contente com o resultado.
Sou bem capaz de te engolir primeiro.
I believe right now if I could
I would swallow you whole
I would leave only bones and teeth
We could see what was underneath
And you would be free then
[de «Undertow», Suzanne Vega]
Was Allen out of his element filming in London?
He loved it 'cause there was no sunshine. He's sort of allergic to sunshine. He just seemed happy and twinkly and unstressed, and you kept thinking, ‘This can't be good’.
[Emily Mortimer sobre as filmagens de «Match Point»]
Relativizar um dia mau, ainda vá. Relativizar cinco anos será muito mais difícil.
...mas não sei se estou a perceber bem. Não gostei da palavra "Authoritarianism". Quero ver os resultados de quem preparou este teste! Enfim, acho que me saí melhor neste.
Your Score
You scored 2 on the Moral Order axis and 1 on the Moral Rules axis.
Matches
The following items best match your score:
• System: Authoritarianism
• Variation: Moderate Authoritarianism
• Ideologies: Social Republicanism
• US Parties: No match.
• Presidents: Gerald Ford (80.24%)
• 2004 Election Candidates: John Kerry (74.23%), George W. Bush (70.35%), Ralph Nader (64.64%)
[culpa da Charlotte]
Enquanto almoçávamos, um amigo falou-me dos ciúmes exacerbados da sua mulher, que a levaram até a, sem que ele soubesse, deitar fora todas as fotografias e cartas das antigas namoradas dele. Depois de manifestar o meu repúdio por esta atitude com consequências irreversíveis (fiquei doente), ocorreu-me lembrar que talvez a mulher dele não visse os nossos almoços com bons olhos.
- Ah mas ela a ti nunca te viu!
- E então?
- Pode achar que tu... enfim, se calhar ela pensa que és... quer dizer, como não sabe, deve achar que és... baixa.
Para quem queira ligar o iPod nano ao auto-rádio e tenha leitor de cassetes: está à venda na Worten o adaptador adequado (parecido com o da foto mas da marca T’n’B) por € 7,20.
El teléfono no termina de sonar,
O lo coges o no volveré a llamar.
[de «El Golpe», Bebe]
Há dias precisei de ir ao IKEA e levei o meu filho. Expliquei-lhe com um ar muito sério que tinha de se portar muito bem e ele, surpreendentemente, correspondeu totalmente às minhas expectativas.
Como prémio, levou para casa uma destas figuras blimp, o azul, prontamente baptizado de Kirby (o miúdo insistiu que o nome tinha de ser inglês).
Ele gostou tanto do boneco que este ultrapassou de forma indecente o Spiderman, o Chiken Little, o Noddy, a Vaca Quiqui e muitos outros, tendo ganho em tempo recorde o privilégio de dormir na cama dele, juntamente com o eterno urso Simão e o canguru adoptado no Natal.
Falta só acrescentar que o dito brinquedo custou menos de cinco euros. Definitivamente, rendo-me a estes suecos.
"Ao tempo que não me lembrava da parte inicial das fitas das cassetes de música; nos jogos para o spectrum era um problema gravíssimo, acho que estraguei um verão inteiro por causa disso."
Ao longo do liceu foram bastante comuns as minhas amizades por proximidade e, não variando, no nono ano tornei-me amiga de um vizinho de carteira. Este rapaz tinha o mesmo tema preferido que eu: música. Só que eu era Wham, Cyndi Lauper, Bryan Adams, Tina Turner e ele era Velvet Underground, Smiths, Joy Division e, acima de tudo, Doors. Aliás, ele idolatrava o Jim Morisson. Tinha o cabelo comprido com o mesmo corte e usava um casaco de cabedal preto, muito justo, para compor o personagem. Nenhum de nós conseguiu pôr o outro a ouvir fosse o que fosse fora das respectivas preferências, mas pelo menos conseguíamos conversar.
Certo dia ele referiu-se aos Rolling Stones. Eu disse-lhe que só conhecia um disco do qual gostava imenso, e falei-lhe no “Flowers”. Ficou muito entusiasmado porque, segundo disse, o disco não tinha sido editado cá. Finalmente, mostrou um enorme interesse por música que eu considerava minha.
No dia seguinte trouxe-me uma cassete. Eu fiz daquela gravação a minha grande prioridade. Entreguei-lhe o produto acabado, esperei que se desse a audição e lá perguntei, ansiosa, o que é que ele tinha achado do disco. Resposta dele, algo indisposto: “Tu não sabes que há uma parte inicial da fita das cassetes que não grava?!”.
Fiquei impressionada: isto é que era gostar de música a sério. Fizeram-lhe falta os acordes iniciais da primeira música. A integridade do álbum estava comprometida. Eu era uma tonta que não percebia nada de nada. Nem para gravar uma cassete. O aspecto "pobre e mal-agradecido" da questão passou-me ao lado.
You are cute and everyone loves you.
You are a best friend that no one takes the chance of losing. You never hurt feelings and seldom have your own feelings hurt. Life is a breeze. You are witty and calm most of the time. Just keep clear of backstabbers, and you are worry free.
Nos dez minutos de televisão que, por junto, vi ao longo do fim-de-semana, tive oportunidade de assistir cinco vezes à intervenção de Cavaco – “a intervenção” -, incluindo no programa do Herman. Calculo que isto seja mais um exemplo da má vontade da comunicação social para com a candidatura de Soares. Em rigor, são mais uns valentes segundos de visibilidade para Cavaco.
Fui, portanto, obrigada a reflectir sobre o assunto. O que se passou ali? O que motivou aquele desastre facial? Eis a minha conclusão: o professor tinha de aparentar não saber das declarações de Santana Lopes proferidas no dia anterior e, com essa finalidade, acabou por dar a cara àquele horripilante overacting; ou seja, aquilo terá resultado de uma estupefacção fabricada que não foi devidamente ensaiada ao espelho.
Outra hipótese, que se torna cada vez mais credível: Cavaco é extraterrestre. Aquela pele de borracha começa a fazer-lhe comichão. Revejam a imagem aqui, e aproveitem para visitar a Inês na sua casa nova.
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Pessoa A - Encontramo-nos na Avenida da Liberdade, ao pé da estátua do Oliveira Martins, ok?
Pessoa B - Não sabia que existia uma estátua do Oliveira Martins na Avenida da Liberdade.
Pessoa A - Não? E achas isso bem?
Esta tira foi publicada em 24 de Dezembro de 2005, algures na imprensa estrangeira. Eu recebi-a no Sábado passado porque o envio é feito com uma dilação de 15 dias em relação à data da publicação.
O convívio prolongado torna as pessoas parecidas e eu acho que já se começam a notar uns traços da minha personalidade no Mooch.
É daqueles filmes em que metade do trabalho conta-se que seja feito na cabeça do espectador. Preguiçosos. Aborrece-me que contem com a minha imaginação para compor mais do que, vá lá, 25% da história. Mas se é isso que querem, ponho aqui as mãos no fogo que estas duas tinham um affair.
Este filme irritou-me profundamente. Não nego alguns momentos dignos de registo, nem o mérito reconhecido do Bill Murray mas, por amor de Deus, aquele fim não existe.
O que é que aconteceu? Ficaram sem dinheiro para acabar o filme? Faltou-lhes imaginação e não conseguiram chegar a uma conclusão credível? O filme não acaba ali, há uma segunda parte mas não disseram nada a ninguém? Bem, seja qual for a razão, senti-me enganada.
Já para não falar daqueles segundos enervantes de negritude total entre cada cena. Berk.
Jon – You should exercise, Garfield.
Garfield – I’m already so tired, it doesn’t seem necessary.
Minha querida,
Desejo-te uma hora muito pequenina. Como te prometi, vou passar o dia a pensar em ti. Tenho a certeza que vai tudo correr pelo melhor e que ainda nos vamos ver hoje e sorrir uma para outra ao olhar para ele.
O espectáculo não é propriamente mau, até tem uns pormenores giros.
O cenário inclui uma tela gigante onde vai passando um filme animado, a Alice propriamente dita tem graça e o episódio da lagarta que se transforma em borboleta é esteticamente interessante.
Também achei piada às pernas gigantes que aparecem no palco quando a miúda prova a bolacha mágica e fica enorme.
Agora, o que era insuportável e estragou, na minha óptica, este musical, foi a voz estridente e agressiva da Rainha de Copas, três tons acima do aceitável e a cena do lanche com o Chapeleiro que primou por algum esterismo e pouco conteúdo. Nota positiva para a encenação e negativa para os arranjos musicais, pobres e repetitivos.
Em resumo, não desgostei mas o meu filho não apreciou nada o súbito gigantismo da menina do vestido azul.
P.S: Obrigada Inês, pelo convite.
Joni Mitchell is the woman who taught your cold English wife to feel.
- É viciado em sexo? É que fala bastante nele !
- Não. O sexo dá pica. Mas, às vezes, quem muito fala, pouco faz. Eu falo muito muito e faço pouco. Vivo bem sem o sexo. O sexo gasta energia e no não praticar também se poupa e no poupar é que está o ganho. O sexo, para se fazer, tem de ser muito bom. Por vezes não vale a pena. Sexo por sexo!
Excerto da entrevista a Rogério Samora publicada na Revista Caras de 31 de Dezembro de 2005.
Uma terrível desilusão. O enredo não faz efectivamente qualquer tipo de sentido, as novas personagens não têm consistência nem estética nenhumas, um total e completo barrete, uma fraude.
Afinal, a SR sempre tinha razão. Tem piada que tal como ela, depois da leitura deste último e infeliz Axterix, fui agarrar-me a alguns dos anteriores para ter a certeza que ainda adorava as aventuras daqueles intrépidos gauleses.
Este presente foi, sem dúvida, o grande flop do meu Natal 2005 (a crítica não se estende a quem me deu o livro porque ele só fez o favor de satisfazer o meu desejo).
Em relação a esta edição limitada dos Duets 1 e 2 do Frank Sinatra, só há uma coisa a dizer: imprescindível. Obrigada, Sam.
Não há hipótese. Tenho de voltar a falar bem deste miúdo. Definitivamente, gosto da sonoridade daquele piano e daquela voz.
Ontem à noite, valeu a pena ligar a televisão e ver Pacheco Pereira, Filomena Mónica, Miguel Portas e Boaventura Sousa Santos a falarem sobre o futuro de Portugal.
Na análise sociológica da questão, as diferenças ideológicas entre esquerda e direita foram muito patentes mas argumentadas de forma inteligente pelos diversos intervenientes.
Além disso, ainda conseguiu ser divertido por causa de algumas observações meio loucas da Filomena Mónica que é, de facto, uma mulher muito convencida (se calhar, com razão).
Apesar de tudo, não consegui deixar de sentir a falta do António Barreto.
O único senão do programa foi a série de comentários idiotas e a postura da apresentadora, Fátima qualquer coisa, que não tem a mínima noção.
I don't want half hearted love affairs,
I need someone who really cares.
Life is too short to play silly games,
I've promised myself I won't do that again.
It's got to be perfect,
It's got to be worth it.
Too many people take second best,
But I won't take anything less.
It's got to be pertect.
Young hearts are foolish,
They make such mistakes.
They're much too eager to give their love away.
Well, I have been foolish too many times,
Now I'm determined I'm gonna get it right.
Fairground Attraction. Para quem gosta, a música está a tocar no canal Meg.
A passagem do ano é muito democrática. De facto, toda a gente entra no ano seguinte, quer seja rico ou pobre, branco ou preto, homem ou mulher, etc, etc, etc. Não são impostas condições de acesso, é como o sol que nasce para todos.
Esta é a perspectiva positiva da questão mas também existe a negativa, como em tudo na vida.
Então, e se eu não quisesse entrar em 2006, se me tivesse corrido tudo muito bem em 2005 e eu pretendesse prolongar o ano mais uns dias, como é que era? Esta coisa da noite de fim de ano, das doze badaladas e pronto já está, quer se queira quer não, tem que se lhe diga.
Shhhhhhh
It's, oh, so quiet
sshhh shhhh
It's, oh, so still
shhhhh shhhh
You're all alone
shhhh shhh
And so peaceful until...
You fall in love
Zing boom
The sky up above
Zing boom
Is caving in
Wow bam
You've never been so nuts about a guy
You wanna laugh you wanna cry
You cross your heart and hope to die
'Til it's over and then
shhhhh shhhh
It's nice and quiet
shhhhh shhhhh
But soon again
shhhhhh shhhhh
Starts another big riot
You blow a fuse
Zing boom
The devil cuts loose
Zing boom
So what's the use
Wow bam
Of falling in love
It's, oh, so quiet
It's, oh, so still
You're all alone
And so peaceful until...
You ring the bell
Bim bam
You shout and you yell
Hi ho ho
You broke the spell
Gee, this is swell you almost have a fit
This guy is 'gorge' and I got hit
There's no mistake this is it
'Til it's over and then
It's nice and quiet
shhhhh shhhhh
But soon again
shhhhh shhhhh
Starts another big riot
[«It's Oh So Quiet», Björk]