Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

segunda-feira, 31 de julho de 2006

Once upon a time

Once upon a time, you asked a certain someone for a blessing. Instead, he or she blasted you with a curse. The debilitating blow of that bad magic hit you right smack in the place that was ripe for the blessing you requested. What a tragedy! Now, at last, you're wise and strong enough to defeat the power of that old curse. Here's the first step: Understand that the seed of the blessing you once needed (and still need) is hidden within and obscured by the curse. Figure out what that blessing is, and it will reveal to you what to do next. (P.S.: The French word for "wound" is blessure. It suggests that blessing can come from wounding.)

[horóscopos com estilo]

domingo, 30 de julho de 2006

Para o maradona

...ou melhor, para a pessoa magra que tem lá dentro.

[de «Just Like a Woman», Bob Dylan]

Ah, you fake just like a woman, yes, you do
You make love just like a woman, yes, you do
Then you ache just like a woman
But you break just like a little girl.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

Tu e eu


People think that foot pain is a fact of life,
but life is actually better than that.

Sempre fui ver o «Eu, Tu e Todos os que Conhecemos». Fui com a minha mãe. E, mais uma vez, fui eu que sugeri. Transformar isto numa conspiração - “Estes filmes com divórcios e filhos pequenos, tu estás a tentar dizer-me alguma coisa?” - parece-me excessivo. Mas a minha mãe tem esta tendência.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Em férias - Jogos 1

Para quem passa férias com a família ou os amigos e gosta de conviver à volta de um tabuleiro a seguir ao jantar mas já está cansado dos clássicos Monopólio, Trivial e Scrabble, aqui fica uma alternativa divertida: O jogo do Lobo.

Cada jogador é um pastor de um rebanho e tem de reunir o maior número de ovelhas da sua côr dentro do mesmo pasto. Para atingir o objectivo, necessita de um bocadinho de sorte, muita estratégia e de ter cuidado com os lobos que andam pela floresta.

Em férias - Jogos 2

Este jogo da Playstation 2 chamado "Buzz! O grande quiz" é uma outra opção para animar as noites de verão. É uma espécie de concurso televisivo em que os concorrentes têm de responder a perguntas de todo o tipo, carregando numas campaínhas (vendidas com o jogo). Ainda só o joguei uma vez e já fiquei fã.

Em férias - Jogos 3

Não resisto em fazer publicidade a mais um jogo que conheci ontem através dos filhos de uns amigos da minha mãe que vieram passar o dia connosco.

O "Dancing eggs" da Haba - uma das mais famosas marcas de brinquedos para crianças - pressupõe a realização de diversas provas. Sempre que as ganhamos, recebemos um ovo que devemos guardar numa parte do corpo, como por exemplo debaixo do queixo ou nas axilas, e que não podemos deixar cair sob pena de termos de abandonar a partida.

Ontem, este jogo não só permitiu que miúdos e adultos se divertissem juntos como ainda provocou momentos absolutamente hilariantes.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Luca

O Luca ganhou o segundo lugar entre os melhores restaurantes portugueses, na categoria de cozinha italiana, de acordo com a votação do júri seleccionado pelo Diário de Notícias.

Trata-se de um dos restaurantes onde já fui mais vezes (referências aqui e aqui). Lembro-me de lhe ter perguntado, logo na primeira vez que lá fui, se o pão era feito no restaurante. Disse-me que sim. A focaccia, parecida com a da foto mas sem rosmaninho, é deliciosa.

[Eu estaria desgraçada se houvesse algum sítio em Portugal onde se vendesse focaccia ou schiacciata para fora, embora o couvert do Luca me desgrace o suficiente. Dantes só indo a Florença, altura em que aproveitava para trazer reservas.]

A comida é excelente, os preços são acessíveis e o atendimento é o melhor que existe. Isto é válido na categoria de restaurantes italianos ou noutra qualquer. É um feito admirável que, em coisa de dois anos, o Luca tenha ultrapassado o Mezzaluna e esteja a rivalizar com o Gemelli, onde a refeição por pessoa custa cerca de quatro vezes mais. Dei-lhe os parabéns na 2ª feira e respondeu-me “foi por um ponto, foi por um ponto!”. É verdade, foi apenas por um ponto que não ficou em primeiro.

terça-feira, 25 de julho de 2006

A lula e a baleia (4)

Noah com "a mãe".

Nicho de mercado

Hallmark doesn't make a "congratulations, you didn't marry the wrong guy" card.

[A Carrie, ontem, num episódio de «Sexo e a Cidade»]

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Sobre a disciplina 1

A disciplina é o jogo de ferramentas essencial para resolver os problemas da vida. Sem disciplina nada podemos resolver. Com apenas alguma disciplina, resolvemos só alguns problemas. Com disciplina total, podemos resolver todos os problemas.

Excerto do livro "O caminho menos percorrido" de M. Scott Peck.

Sobre a disciplina 2

O adiamento da gratificação é um processo de programação da dor e do prazer da vida de forma a aumentar o prazer, enfrentado e vivendo primeiro a dor e acabando com ela.

Excerto do livro "O caminho menos percorrido" de M. Scott Peck.

Sobre a disciplina 3

Procrastinar significa deixar para o dia de amanhã; adiar; protelar; demorar; espaçar; deferir; v. int. usar de delongas.

Definição do Dicionário Universal da Língua Portuguesa da Texto Editora.

A lula e a baleia (3)

Based on the true childhood experiences of Noah Baumbach and his brother, The Squid and the Whale tells the touching story of two young boys dealing with their parents divorce in Brooklyn in the 1980's. [daqui]

Lá está.

O julgamento

Estive lá, no suposto julgamento. Das 10h30m às 13h30m e das 15h às 18h. O “tribunal”, pela voz do relator, falou durante três horas e meia, acusando, denegrindo, humilhando. Depois só teve estômago para ouvir 30 minutos da defesa do arguido. A fibra deste arguido não se compara com a dos seus pretensos julgadores. É outro material.

Já agora, a notícia.

Pinta, Muita Pinta

É o meu apelido.

sábado, 22 de julho de 2006

A lula e a baleia (2)

A directora da escola primária era uma figura assustadora. Só no último dos sete anos que lá andei é que soube que era uma mulher. Parecia um homem e tinha voz de homem. O facto de lhe chamarmos “tante Nora” não abalava a convicção que a sua imagem me causava. Tinha o cabelo igual ao de James Brown*. Era cinzenta, muito magra e alta, fumava a toda a hora. De vez em quando, entrava no refeitório ou no ginásio, envolta na fumarada do cigarro, e gritava “silêncio!”, depois saía sem dizer mais nada.

Ter disposição para confrontar a tante Nora com o que quer que fosse, era, para mim, o maior exemplo de coragem.

A lula e a baleia

Um dia, numa aula da quarta classe, a professora ensinou-nos que Salazar foi muito bom para Portugal porque pagou as nossas dívidas.

À noite, aguardei pelo momento mais descontraído, e à mesa do jantar atirei: “Afinal, o Salazar foi bom!”. A minha mãe perdeu a cor: “Quem é que disse isso?”. “A Ana”, respondi, como quem diz a outra autoridade.

No dia seguinte, a minha mãe dispensou a carrinha e levou-me à escola para ter uma conversa com a directora. Só podia haver uma autoridade na minha formação.

Imagética

- Mãe, vamos ver «A lula e a baleia»?
- Hmm...
- Não é sobre nós.

(Era, um bocadinho. Mas eu acho sempre isso.)

Antigamente é que era bom

Decorridos quase dez anos sobre a conclusão do estágio e o subsequente abandono da profissão, tive recentemente de voltar a agarrar nos livros e reaprender o que já estava esquecido, designadamente, o direito da Família.

Para o efeito, e à falta de melhor, fui reler o respectivo manual do famosíssimo Professor Antunes Varela, pelo qual estudei esta matéria em 1995 (por sugestão do regente da cadeira da altura).

Recordava vagamente que aquele ilustre jurista tinha um entendimento bastante peculiar sobre vários aspectos da profunda reforma operada em 1977 àquela área do direito. Contudo, já não me lembrava do exacto conteúdo e alcance da sua análise. Após ter refrescado a memória, aqui ficam alguns excertos no mínimo polémicos que me voltaram a irritar profundamente.

”Da tal sociedade machista com que quase pejorativamente se designava a sociedade conjugal anterior ao Código Civil de 1966, passou-se assim para a sociedade assexuada ou para o casal unisexo, a que os novos legisladores pretendem reduzir a família, com algumas das soluções pretensamente mais avançadas do direito subsequente à Constituição de 1976”.

"Por um lado, cedendo à dissolução de costumes que o rescaldo da guerra fomentou em certas camadas da população, as leis alargaram de tal modo o elenco das causas de divórcio, que, tal como sucedia no antigo direito romano, o casamento se pode hoje dissolver, logo que cessa a afeição de um dos cônjuges pelo outro.

Por outro lado, a emancipação económica da mulher e o peso crescente do eleitorado feminino na vida política dos países ocidentais conduziram à proclamação do princípio, aliás justo e equitativo, em certo aspecto, da igualdade de direitos entre os sexos".

”Proclamando a igualdade de direitos e obrigações dos cônjuges, eliminou-se a ideia de chefia da sociedade conjugal, atribuída por direito próprio ao marido e, para conseguir tal objectivo, abandonou-se ao mesmo tempo a concepção da entrega à mulher do chamado governo doméstico, bem como da direcção moral do lar.”

”O casamento passou assim a ser como que alérgico a qualquer distribuição de funções, ainda que só a título supletivo, entre os nubentes”.

Sobre os pressupostos da aplicação do regime imperativo da separação de bens, escreve ainda o citado autor: “Na sua primitiva versão, o Código Civil estabelecera limites de idade diferentes para o homem (sessenta anos) e para a mulher (cinquenta anos), à semelhança do que se faz no direito brasileiro, que serviu nesse ponto de inspiração à lei portuguesa.

A discriminação não tinha na sua raiz nenhum preconceito de superioridade de um sobre o outro sexo. Baseava-se apenas na consideração, de ordem biológica e psicológica, de que a mulher, assim como atinge em regra mais cedo que o homem a fase da puberdade, também mais depressa começa e envelhecer, tornando-se mais facilmente vítima dos caçadores de dotes ou do que pitorescamente se chama no Brasil o golpe do baú.

A reforma de 77, na sua caça obcecada às discriminações de sexo, eliminou a diferença entre os dois limites, sem atender criteriosamente à sua origem”.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

O primeiro post

Foi há dois anos. Sou capaz de estar a perder qualidades. É possível que esteja menos cínica, mas a culpa é inteiramente imputável a factores externos. O departamento de "auto-o-que-for" não tem funcionado muito bem (o que é uma sorte, uma oportunidade única) e, em compensação, as benéficas influências exteriores têm sido sugadas até ao tutano. De resto, estou com o mesmo peso.

Para ti

Nunca julguei que este nosso projecto viesse a celebrar dois enormes anos de vida.

É evidente que tu és a primeira e grande responsável por este feito. Sem o teu empenho diário, o teu fantástico sentido de humor, os teus cartoons e as tuas músicas, sem as tuas análises inteligentes e a tua inacreditável memória, chegar até aqui não teria sido possível.

Obrigada pela tua paciência e pela tua persistência. Hoje, quem está de parabéns, és tu.

Reset

Obviamente que não foi de propósito (para dizer a verdade, na altura nem sequer me lembrei do dia de hoje) mas constato agora que fez algum sentido ter carregado ontem no botão.

terça-feira, 18 de julho de 2006

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Músicas, mais uma vez

No canal Huma pus uma música que é dedicada à minha irmã mais crescida porque lhe foi dedicada há infinitos anos, numa cassete daquelas que os namorados gravavam (hoje gravam cd’s com o mesmo impacto, pelo menos no que me diz respeito).

Por sua vez, no canal Meg toca uma música que descobri na net há cinco minutos e cuja letra não deverá ser tida em consideração. É irrelevante, não quer dizer nada, não ligar. Meg, é para não ligar, sff.

Aditamento: Esqueci-me de falar na música do canal Sam. No Sábado vi o filme «The Life and Death of Peter Sellers». Gostei bastante, o que se deverá em larga medida à interessante psicose de que padecia o biografado, e ao facto de o filme ter uma boa banda sonora. Um dos grandes feitos de Peter Sellers foi, sem dúvida, o seu segundo casamento. É dos psicóticos (desde que ricos e famosos) que elas gostam mais.

domingo, 16 de julho de 2006

Músicas que falam de outras músicas

He has me singing Scarborough Fair
About a man who is so frighten of a love affair
He sets hard tasks so that his love can pass
And ends up lonely ‘till the last

[de «Dense Water, Deeper Down» Sinead O’Connor]

sábado, 15 de julho de 2006

Togo

A loja da Ligne Roset na Duque d'Ávila vai fechar (continua na Av. 24 de Julho) e está com saldos de 50% até ao final do mês. Mas roxo não é a minha cor.

One down

V.
Por volta das duas horas deve aparecer um técnico da Marktest para ligar a televisão a um aparelho. Obrigada.

D.
O técnico da Marktest esteve aqui. Levou o aparelho pois estava avariado. Não tinha outro para repor. Vai marcar outro dia pois precisa de mais tempo porque também vai abrir o televisor. Pode ser rápido e pode não ser. Bom fim de semana.

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Caso prático de adulto com ADD:

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar

Vou continuar a procurar
O meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

[«Estou Além», letra e música de António Variações]

quinta-feira, 13 de julho de 2006

O oposto

Se eu actuasse como o oposto de mim, como o George faz, com grandes vantagens, num episódio do Seinfeld («The Opposite», 5ª época), estes seriam os meus problemas:

Adult Attention Deficit Disorder
Adult ADD is marked not only by a short attention span but also by a multitasking mind. Anxious to avoid boredom, those afflicted are constantly scanning their environment, searching for all things captivating. They may read lots of books, but they finish few. They misplace things and require constant reminders. They are risk takers, thrill seekers, and, often, caffeine addicts. They are news junkies and channel-clicker/cable-surfers. In conversation, they often detour into parenthetical tangents, never returning to the main point. On the Net, they can't help getting lost in cyberspace for hours. Back on planet Earth, they interrupt people. They can't stand waiting in lines. They juggle too many projects and are chronically late.
(…)
On the other hand, ADD can ruin relationships and careers. Not surprisingly, many ADD adults can't hold down a traditional office job. That's why many set up shop surrounded by high-tech information tools in a home office, where they can impulsively act on swirling bits of information without driving other people crazy.

[daqui, mais aqui e aqui]

quarta-feira, 12 de julho de 2006

O dobro da prateleira, o dobro da classe

Este vídeo para ilustrar este post.

Compromissos

Por causa da instalação da powerbox e da consequente emissão digitalizada de todos os canais da TV Cabo através da utilização de um único canal da televisão, a Marktest teve de voltar a ir lá a casa para substituir o audímetro.

Marcámos para as 19h00m de uma segunda-feira. É evidente que eu não sabia no que me estava a meter e atribuo a ingenuidade ao facto de não ter assistido à instalação do audímetro original. Pensava que era uma coisa simples. As operações prolongaram-se por três horas e tal, tendo terminado às dez e meia da noite. Notando a minha cara cada vez mais fechada, o técnico procurava animar-me: “Este audímetro é muito melhor! Diz bom dia, boa tarde e boa noite. Ah e tem de experimentar ligá-lo no seu aniversário porque ele dá-lhe os parabéns!”. Horrorizada com esta novidade perguntei de imediato: “O aparelho fala?!”. O técnico, desolado, esclareceu “Não, isso ainda não.”.

Mas afinal fala. Fala através de sons demasiado elevados, agudos e contínuos que dispararam entre as 3 e as 5 da madrugada do dia de ontem, arrancando-me da cama desnorteada à procura da origem do barulho ensurdecedor. Não fosse eu a paz d’alma que sou e, em vez de cabos aleatoriamente arrancados, teríamos um aparelho esmigalhado que nunca mais diria bom dia, boa tarde ou boa noite, nem chegava a dar-me os parabéns.

E agora que eu queria era deitar fora a powerbox, já instalaram o audímetro especial para powerboxes do qual, por sua vez, também gostaria de me livrar. Acho que o melhor é comprar uma casa nova e resolve-se isto tudo de uma vez.

Pub


Confort Easy Iron

Tudo se passou como num vulgar anúncio publicitário. Perguntei à R. como é que a roupa dela tinha aquele distinto cheiro a lavado. Fica a sugestão.

terça-feira, 11 de julho de 2006

Para a Ana

Depois daquele magnífico jacarandá e dos recentes agapantos, não resisti em tirar uma fotografia desta gigantesca buganvília residente no meu bairro para lhe oferecer.

Não nos iludamos

A evolução pessoal é um exercício doloroso. Para crescer mais ou por outras palavras, passar de nível, somos inevitavelmente obrigados a desmentir as nossas verdades, a sentir insegurança e até medo.

Quando nos investigamos e começamos a verbalizar assuntos até aí desterrados nos alçapões do nosso eu, nunca mais voltamos a ser exactamente os mesmos.

Para piorar a coisa, na maior parte das vezes, não conseguimos alcançar o degrau seguinte sem primeiro permanecermos algum tempo numa espécie de terra de ninguém, tipo purgatório dantesco.

Esta fase é escorregadia, implica muitos avanços e recuos. Há dias em que conseguimos palpar os efeitos positivos do processo e nos sentimos orgulhosos de nós.

Há outros em que primeiro ficamos eufóricos porque julgamos que a mudança de pele se encontra concluída, para logo a seguir agir ou reagir como antigamente e deprimir ao constatar que ainda falta esforçarmo-nos mais.

E existem momentos ainda piores, de puro pânico, em que tememos ficar encurralados para sempre naquele lugar pantanoso em que já não somos quem éramos mas ainda não nos tornámos quem queremos vir a ser.

domingo, 9 de julho de 2006

Ciao mamma, guarda come mi diverto!

Che bello é, quando lo stadio é pieno
e la musica, la musica riempie il cielo
é una libidine
é una rivoluzione
é una libidine
é una rivoluzione

Parabéns Itália!

Não havia spa

Fui experimentar o Le Spa* por sugestão de um presente de natal muito bem pensado.

O Le Spa não é um Spa. Falta-lhe, sobretudo, instalações e localização. Não é obrigatório ser à beira-mar ou umas termas na serra, embora isso ajude muito. Por exemplo, as instalações do Clube VII albergariam um Spa com excelente localização e o Spa do Ritz também cumpre os requisitos nesta matéria. O Le Spa não tem janelas, que eu visse. É um bunker onde se esforçaram por criar um bom ambiente, através da iluminação artificial, dos sons de sapos, passarinhos e ondas, e dos aromas ventilados. Das cores demasiado escuras usadas na decoração sobressai o escasso laranja. Não resulta, em especial pelas expectativas que o nome "Le Spa" suscita.

A massagem em si foi muito boa e soube-me lindamente.

[*um pouco ao jeito da expressão "the La Trattoria"]

sábado, 8 de julho de 2006

Well-heard lyrics

A audição atenta de «Ashes To Ashes» revelou-me recentemente uma notícia chocante: Major Tom is a junkie! A viagem sem regresso do simpático astronauta de «Space Oddity» era uma trip. Ainda assim, a música ressalva que isto pode não passar de a rumour from ground control. Terei sido, como sempre, a última a saber. Mas espero que o boato não tenha chegado aos ouvidos de certo rapaz que eu insistia em tratar por, está claro, Major Tom.

Gosto imenso de músicas que falam de outras músicas.

Cromoterapia acumulada

In using Red you are striving for balance. Yellow allows clarity of thought. It gives good ideas and awareness. It has a powerful effect on the nervous system and assists the left brain in operation. Orange has the love from red and the wisdom from yellow. [daqui]

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Tubthumping

A propósito do assunto das misheard lyrics pus a tocar aquele que é, para mim, o caso paradigmático. Tudo começa torto com o nome da banda: Chumbawamba. A música pedia um título simples, adequado à simplicidade da letra, algo como «I Get Knocked Down», o que resolveria metade dos problemas. Mas não, recebeu o brilhante título de «Tubthumping»!

O refrão seria sempre um enorme mistério não fosse a ajuda da net:
I get knocked down, but I get up again
You’re never gonna keep me down
I get knocked down, but I get up again
You’re never gonna keep me down

Ao procurar esta música fiquei a saber que os Chumbawamba (irra) são também responsáveis por, pelo menos, outra música muito boa, melhor até, chamada «Bella Ciao», que conheci há pouco tempo através deste falecido blogue. Depois ainda descobri que o tema «Tubthumping» (livra) terá servido de banda sonora do mundial de 98. Isto está tudo ligado.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

A vida depois da vida

Nas Urgências, por exemplo e por enquanto.

terça-feira, 4 de julho de 2006

É uma pena

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Vida de mãe - episódio 36

Desde há uns dias para cá que o assunto da ida para a praia com a escola tem sido falado, nomeadamente no que respeita ao facto de termos de chegar imperativamente às oito e quarto da manhã, sob pena de perdermos a carrinha que parte quinze minutos mais tarde, sem apelo nem agravo para ninguém.

Contudo, ontem à noite, não fui previdente e o meu filho acabou por se deitar à hora do costume. É claro que hoje, o miúdo nem sequer se mexeu quando o quis acordar por volta das sete e meia da manhã. Abri os estores e comecei a falar com ele carinhosamente, mas sem sucesso nenhum.

Deixei-o dormir um pouco mais mas a folga de tempo evaporou-se rapidamente e passou a ser necessário recorrer a métodos mais radicais: falei mais alto, tirei-lhe o lençol de cima e comecei a despir-lhe o pijama. Ele não achou piada nenhuma e gritou furioso que ainda estava cansado, que queria muito dormir e não se ia levantar já. Drama.

Apesar dos seus protestos, lá o consegui vestir e arrastá-lo para a casa-de-banho, recorrendo a uma chantagem infame, do tipo “Queres perder a carrinha? Queres ficar na escola sem os teus amigos?”. Depois, perguntei-lhe se queria comer um iogurte, ele disse que sim mas quando lhe pus o dito à frente, afinal já não lhe apetecia. Raiva. Obriguei-o a comer umas cinco ou seis colheradas que ele engoliu a contra gosto. Calçámo-nos à pressa e saímos de casa em cima da hora, comigo a dar um sermão e o meu filho a ouvir em silêncio. Desisti.

Respirei fundo, fiz figas para não apanhar trânsito, mudei de assunto e de tom para que o trajecto até à escola nos permitisse acabar bem o que tinha começado mal. Apesar dos meus esforços, o miúdo continuava calado. Perguntei-lhe então em que é que ele estava a pensar e ele respondeu-me baixinho: ”Estava a pensar que tinha de te pedir desculpa”. Ao ouvir este surpreendente desabafo, senti um aperto no meu coração de mãe impaciente e stressada.

Felizmente que acabámos por chegar ao nosso destino com o tempo e a calma suficientes para trocarmos mais umas palavras e darmos um grande abraço conciliador.

[de «When Ye Go Away», Waterboys]

I will rave and I will ramble
I'll do everything but make you stay
Then I will cry when you go away

domingo, 2 de julho de 2006

Having a ball

[A emissão Pity Party será retomada dentro de momentos, talvez.]