You know what’s going to happen and you watch it happen
"Deanie Loomis casará com o boy from Cincinatti após aquele breve olhar para a cama de casal. Warren Beatty ficará com as capoeiras. E Elia Kazan, que situou o filme em 1929, quando ele próprio tinha a idade dos seus protagonistas, ficou com a afirmação que fez (a Michel Ciment) “que a noção americana de que o amor é a solução para todos os problemas, só é verdadeira para uma sociedade inibida. Teremos sempre os mesmos problemas. ‘You have to save* them within yourself. Like a Greek play: you know what’s going to happen and you watch it happen’."
[do mesmo texto de João Bénard da Costa sobre o Esplendor na Relva. *Não será “solve”? Eu acho que é. Já agora, três endolinques©: este, este e este. E, além disso, a citação de Kazan vai dedicada.]
3 Comments:
O que eu gosto no filme é retratar a existência de um amor assim.
O que interessa mesmo é que é "só" amor, tal e qual como está no filme e, (in)felizmente, só possível de ser assim sentido naquela idade.
E por isso os versos fazem tanto sentido, sobretudo o primeiro.
Até novas leis em contrário, o tempo, de facto, não anda para trás; nothing can bring back the hour...
E, por isso, acho que o que Kazan diz é pouco e de curto alcance, comparado com o lindíssimo filme que fez.
Fui buscar um trecho de uma fala do Bud para explicar o "amor assim" que, na minha opinião, é retratado no filme:
"I'm pretty nuts about Deanie Loomis. I mean I love her and she loves me. But it's no fun to be in love. It hurts. Every time that we're together, I have to remember things - you know what I mean? And I can't just go back to seeing her again, not like the way we were doing. We'd go out every night and I'd kiss her - I'd just go home. I mean, a guy can go nuts that way. My dad said that I should get another kind of a girl, but when you don't really want another girl. I don't know."
O que Kazan diz - "que a noção americana de que o amor é a solução para todos os problemas, só é verdadeira para uma sociedade inibida. Teremos sempre os mesmos problemas." - é o filme.
É assim que tem (e deve) de ser.
É um muito bonito, com uma aura de "alma velha" a espreitar por entre os diálogos de um filme sempre actual.
Anonymous II
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