Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Finalmente, o tempo parou

Para eu poder guardar para mim, um vislumbre de eternidade.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Take a look at my body
Look at my hands
There's so much here
That I don't understand

Your face saving promises
Whispered like prayers
I don't need them

‘Cause I've been treated so wrong
I've been treated so long
As if I'm becoming untouchable

Well contempt loves the silence
It thrives in the dark
With fine winding tendrils
That strangle the heart

They say that promises
Sweeten the blow
But I don't need them
No, I don't need them

I've been treated so wrong
I've been treated so long
As if I'm becoming untouchable

I'm a slow dying flower
In the frost killing hour
Sweet turning sour
And untouchable

O, I need the darkness
The sweetness
The sadness
The weakness
O, I need this

I need a lullaby
A kiss goodnight
Angel sweet
Love of my life
O, I need this

I'm a slow dying flower
Frost killing hour
The sweet turning sour
And untouchable

Do you remember the way
That you touched me before
All the trembling sweetness
I loved and adored?

Your face saving promises
Whispered like prayers
I don't need them

I need the darkness
The sweetness
The sadness
The weakness
O, I need this

I need a lullaby
A kiss goodnight
The angel sweet
Love of my life
O, I need this

Well is it dark enough?
Can you see me?
Do you want me?
Can you reach me?
Or I'm leaving

You better shut your mouth
And hold your breath
And kiss me now
You'll catch your death
O, I mean this

[Natalie Merchant, «My Skin»]

Sugestão de programa para um fim-de-semana de Outono

Como sou um bocado tonta, julguei que a exposição do Hermitage já estava aberta ao público e resolvi ir ao Palácio Nacional da Ajuda com a família quase toda, ou seja, acompanhada do meu pai e da mulher, da minha avó e do meu filho.

Acontece que a referida exposição só ia ser exibida a partir de dia 26 de Outubro e então, para não perder completamente a face, sugeri visitarmos o interior do Palácio (o preço das entradas é muito aceitável).

Fiquei de boca aberta. É magnífico: as salas têm uns tectos lindíssimos, estão quase todas restauradas e são ornamentadas com tecidos e várias peças, pura e simplesmente fabulosas. Além disso, no nosso grupo encontrava-se uma senhora que conhecia todos os cantos daquela casa - porque a visitava regularmente desde miúda - e partilhou connosco imensos pormenores sobre a vida dos reis e outras curiosidades.

Eu preferi o estúdio do D. Luís I mas o meu filho gostou mais do quarto da D. Maria Pia por causa da pele de urso.

Em suma, fiquei deslumbrada e aconselho vivamente o passeio a quem gosta de lugares mágicos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Postais de Chicago


Jay Pritzker Pavilion de Frank Gehry, para concertos ao ar livre.


Cloud Gate, escultura de Anish Kapoor.


As praias de água doce vistas do alto do John Hancock Center.


Uma das 143 fotos tiradas na viagem pelo rio.


Vista de uma viagem de El.


Cerca de 2/3 do Wrigley Building. Chicago não cabe em máquinas fotográficas pequenas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Postais de Boston

O canal de meteorologia servido no hotel tinha um programa que dava conta da evolução das cores de Outono na Nova Inglaterra. Não chegaram a entrevistar esta árvore.

Quem já ouviu falar da "Igreja de Cristo Cientista" ponha o dedo no ar. E no entanto.

- Fomos a Harvard.
- Ah, Harvard fica em Boston?
- Fica do outro lado do rio, em Cambridge.
- Harvard fica em Cambridge?
- É verdade. E o MIT também.
- O MIT é em Harvard?
- Não. É em Cambridge.
O melhor é consultar a wikipédia.

Nenhuma destas fotos foi tirada por mim, o que muito me ofende.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Indispensáveis #13

Esta tesoura foi-me dada pelo meu pai, aos meus 12/13 anos, para suprir uma ocasional falta de material escolar. Foi-me entregue com a séria advertência: “vê lá se a perdes”. Com o passar dos anos, foi deixando de cortar cartolinas e passou a ser utilizada ora como artigo de escritório, ora como utensílio de costura, de cozinha ou de casa-de-banho. E acompanha-me em todas as viagens.

Evolução da espécie (2)*

O meu irmão do meio* encontrou Cat Stevens e é agora um grande apreciador, dizendo-me que conhece de cor todas as músicas. Não sei como é que ele lá chegou mas estou indignada por não ter sido por meu intermédio. Aproveitou para me informar que teria oportunidade de ver inúmeros vídeos de Cat Stevens - nunca tinha visto nem um (excepto aquele que não conta) - no You Tube. Como é que eu ainda não me tinha lembrado disto?

sábado, 13 de outubro de 2007

Um quadro


American Collectors de David Hockney

There they stand, Fred and Marcia Weisman, two LA plutocrats in their expensive sculpture garden - he with one fist clenched and leaking paint (art and money flowing through his fingers); she wearing a 60s hostess gown* and a weirdly wonky smile that is far too big for her face and looks somewhere between caricature and collage. Not just something but everything wrong about the mouth.

Except, of course, that her ungainly grin is echoed in the toothy smirk of the totem pole leering just behind her, a piece of pricey native American art. The mouth is not wrong but right, in the truest sense, possibly cruel but with a touch of affectionate humour. And everything from the manicured lawn to the abstract reflections of glass and the graphic set of her jaw gets its own distinct stylistic notations. It is a very smart and intelligent portrait. [daqui]

*Este quadro suscitou um acesso debate no nosso último jantar. Punha-se a questão de saber se aquela senhora se apresentava desleixada de roupão (opinião da maioria) ou num vestido estilizado (dizia eu). A discussão tinha razão de ser:

    The hostess gown appeared to be a cross between a robe and an evening dress, which the hostess would wear to serve her guests. It combined both the formality of the evening dress and the relaxed "at home" feel of a robe. Hostess gowns were often difficult to separate from negligees, robes, or evening gowns, as they had characteristics common to all of these. [daqui]

FEAR NO RAT*

“I’d be painting rats for three years before someone said ‘that’s clever, it’s an anagram of art’ and I had to pretend I’d known that all along.”
Banksy

*No original "FEAR NO ART", um slogan do MCA de Chicago.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Uma música

Que melhor banda sonora para uma pequena incursão pela América do que o hino “Rockstar” dos Nickelback, com este vídeo* pejado de vistas de Chicago. Fica uma transcrição parcial da letra:

I want a brand new house
On an episode of Cribs
And a bathroom I can play baseball in
And a king size tub big enough
For ten plus me
(Yea, So what you need)

I need a credit card that's got no limit
And a big black jet with a bedroom in it
Gonna join the mile high club
At thirty-seven thousand feet
(Been there done that)

I want a new tour bus full of old guitars
My own star on Hollywood Boulevard
Somewhere between Cher and
James Dean is fine for me
(So how you gonna do it?)

I'm gonna trade this life for fortune and fame
I'd even cut my hair and change my name

'Cause we all just wanna be big rockstars and
Live in hilltop houses driving fifteen cars
The girls come easy and the drugs come cheap
We'll all stay skinny as we just won't eat
And we'll hang out in the coolest bars
In the VIP with the movie stars
Every good gold digger's
Gonna wind up there
Every Playboy bunny
With her bleach blonde hair
And well...

*Trata-se de uma versão censurada em que as palavras cortadas são 'drugs', 'asshole', 'ass', 'drug dealer' e 'pills'.

Um presente

As minhas constantes referências ao Banksy, fruto de certa e determinada influência, valeram-me uma oferta muito apreciada. O livro (comprado às escondidas nesta loja), apesar da aparência de coffee table book, é excelente e (in)formativo.

Uma das ideias do graffitista foi a de ir para as manifestações com cartazes feitos por ele e distribui-los para serem exibidos pelos manifestantes. Aqui está o cartaz ideal para o maradona.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

What do you represent?

Na exposição “Sympathy for the Devil: Art and Rock and Roll Since 1967”, patente no Museu de Arte Contemporânea de Chicago, encontrava-se uma pilha de posters de Jeremy Deller. Neste museu vigorava alguma liberdade para mexer nas obras. No caso desta “instalação de posters”, os visitantes podiam até levar exemplares. Foi o que fiz. É o que Neil Young teria feito.

Sobre o rio de Chicago

It was upgraded last year from ‘toxic’ to ‘polluted’.

Em Chicago de Segway

O tempo estava bastante melhor, céu limpo e cerca de 25º C. O fantástico passeio dura duas horas e encontra-se aqui resumido a 43 segundos. O autor deste filmezito terá feito a proeza de filmar enquanto conduzia o veículo. Eu mantive-me firme, hirta e agarrada ao guiador durante toda a viagem.

Um casamento

Na praia de Oak Street, em Chicago.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Livro e autora

Na sequência de um feliz acaso proporcionado pela Borders de Chicago, tenho agora a oportunidade de recomendar: visitem o «no one belongs here more than you» e percorram todos os slides. Visitem ainda o site da autora que também escreveu, realizou e protagonizou o «Eu, Tu e Todos os que Conhecemos».

O Massacre de Boston

O Massacre de Boston, que é tido como o primeiro evento que conduziu à guerra da independência americana, consistiu numa escaramuça entre soldados ingleses e civis bostonianos relativa à alegada falta de pagamento de uma peruca. Da altercação resultou a morte de cinco civis: três tiveram morte imediata e os outros dois vieram a falecer dias depois devido aos ferimentos.

Estes são os factos ocorridos em 1770 - uma época em que bastava estar distraído para morrer de qualquer coisa - que ficaram para a História como o Massacre de Boston.

Spanglish


Aviso colocado no espelho de água da Christian Science Plaza em Boston.

Aquilo que já era uma realidade nos estados do Sul, está completamente generalizado: o espanhol é a segunda língua dos americanos. A mera referência ao meu apelido, bem latino e celebrizado por uma das chicas de Almodóvar, punha qualquer interlocutor a falar-nos naquele castelhano arrevesado (que, em bom rigor, não distingo do outro) e, no aeroporto de Boston, tentaram até relacionar-me com uma família de Chicago. Pudera, com este nome.

Clam chowder

As especialidades gastronómicas de Boston são à base de peixe e marisco. Excelente, pensei eu: o marisco, para quem não tenha problemas de colesterol, é um alimento saudável, com baixo teor de calorias. E o que é que estes senhores fazem ao marisco, ao peixe e a tudo o resto? Fritam.

Mas há ainda uma sopa de amêijoa, famosa em toda a região da Nova Inglaterra: a “clam chowder”. Amêijoas, bacon, natas, batatas em cubos, farinha, leite. Ou seja, uma sopa para comer de faca e garfo.

É evidente que qualquer pessoa com bom fígado aprecia uma alimentação composta por fritos e natas. É o meu caso e nem sinal de azia. Marisco ao natural só consegui apanhar umas ostras divinais e tive de fazer o pedido com cuidado para não me trazerem um guisado de ostra.

Boston & Chicago

Os Boston nunca chegaram a ser muito conhecidos, pelo menos por cá. Tiveram um êxito, “Amanda”, e no Natal desse ano (1986) foi-me oferecido o respectivo álbum, ao qual não prestei grande atenção.

Os Chicago de Peter Cetera tiveram maior protagonismo. Os Chicago pós-Peter Cetera nem por isso. Lembro-me do desafio lançado pela minha mãe para saber quem é que cantava uma música da qual conseguia apenas entoar “uh uh uh uh”. Gosto muito destes desafios. Lá chegámos à conclusão que se tratava de “If you leave me now”. Estão a ver aquela parte “uh uh uh uh no baby please don't go / uh uh uh uh girl I just want you to stay”?

Foi este o roteiro da semana passada: Boston & Chicago em 9 dias. Antes disso, mas já depois de adquirir o “Let´s Go Boston” e o “Real City Chicago”, descobri que não vale a pena comprar guias de viagem. Agora temos o Wikitravel!

Um mês em branco

Em 2008 e como forma de (auto)penalização, este blogue só comemorará o seu quarto aniversário no final de Agosto.