Sobre 2006
The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]
Vou ter de citar Madonna, coisa que nunca me tinha acontecido.
Time goes by so slowly
Time goes by so slowly
Time goes by so slowly
Time goes by so slowly
Time goes by so slowly
Time goes by so slowly
E o resto também.
Não há nada para ver. Está tudo bem. Deixa respirar. Foi “só” o primeiro percalço do nano. Ficou com uma única musiquinha, das novecentas e setenta e três, mas já passou. Experiências...
December 27 |
Helping others is also important to you. You enjoy social activities with that goal. You are very generous and giving. Yet you expect very little in return. Your strength: Getting along with anyone and everyone. Your weakness: Needing a good amount of downtime to recharge. Your power color: Cobalt blue. Your power symbol: Dove. Your power month: September. |
Tu és uma pessoa extraordinária, fora de série, e percebe-se que quem entre em contacto contigo te queira agarrar para o resto da vida. Espero ir conseguindo retribuir.
Parabéns!
- I could have been someone…
- Well, so could anyone.
[de «Fairytale of New York», The Pogues & Kirsty MacColl]
- A dor é o preço que os deuses exigem que paguemos por todos os nossos benefícios. Se é esse o nosso caso, então que Deus torne real o imprevisível, através da dor de estarmos separados.
- Queria que os deuses se esquecessem de nós e tu estivesses agora a dormir agarrado a mim.
- E não estou? Em sonho tudo é possível.O tempo e o espaço não têm barreiras. Dorme comigo em sonho, e estaremos juntos esta noite.
- Então, até já. Não te quero perder um minuto.
Para começar temos uma das minhas músicas de natal preferidas: «Rudolph the Red-Nosed Reindeer». E, atenção, cantada por Dean Martin.
Na escola primária onde andei, uma das disciplinas a que era atribuída mais relevância era a música. Isto era outro post mas serve também para explicar que existe uma versão portuguesa desta canção tradicional de natal. Essa versão foi escrita pela professora Marília e reza como segue (se a memória não me falha que já lá vão para cima de muitos anos):
Rudolfo, o veadinho
Tinha o nariz a brilhar
E os outros veadinhos
Riam-se dele a fartar
Mas numa noite escura
O pai natal disse assim:
"Sem o teu nariz brilhante
Não havia luz para mim"
Então os veadinhos
Saltaram todos sem fim
Viva o nariz brilhante
Rudolfo, brilha sempre assim.
Tuesday, afternoon,
I’m just beginning to see,
Now I’m on my way,
It doesn’t matter to me,
Chasing the clouds away.
(…)
I’m looking at myself, reflections of my mind,
It’s just the kind of day to leave myself behind,
So gently swaying thru the fairy-land of love,
If you’ll just come with me and see the beauty of
Tuesday afternoon.
Na adolescência, nós não queremos ser pessoas especiais. Precisamos de ser comuns, normais, iguais aos outros. Escondemos as nossas diferenças, menosprezamos as características que nos tornam únicos. Para atingirmos esse objectivo, adoptamos determinadas condutas esteriotipadas e acreditamos piamente que é de acordo com esses padrões que vamos conseguir ser felizes.
Houve uma determinada altura em que queria muito ter uma família igual às outras, supostamente normal, sem pais separados, vinte mudanças de casa e até de País. Uma família com rotinas, tradições e estabilidade.
Hoje, com trintas e a virar mais uma página importante da minha vida, chego à conclusão que não me adaptei às tais regras que na altura achava indispensáveis para alcançar a felicidade. Aos poucos, acabei por assumir outros quereres, mais meus.
"O futebol.
O Alceste marcou-nos um encontro, a um monte de colegas da aula, para esta tarde no terreno vago, perto de casa. O Alceste é meu amigo, é gordo, gosta muito de comer, e se nos marcou um encontro, foi porque o pai lhe deu uma bola de futebol novinha em folha e vamos fazer um desafio magnífico. O Alceste é porreiro.
Encontrámo-nos no campo às três da tarde, éramos dezoito. Tivemos de decidir como constituir as equipas, para que houvesse o mesmo número de jogadores de cada lado.
Quanto ao árbitro, foi fácil. Escolhemos o Aniano. O Aniano é o melhor aluno da aula, não gostamos muito dele, mas como usa óculos não lhe podemos bater, o que, para árbitro, é uma boa acoisa. E além disso, nenhuma das equipas queria o Aniano, porque não é muito bom em desporto e chora com demasiada facilidade. A discussão foi quando o Aniano pediu para lhe darem um apito. O único que tinha um era o Rufus, cujo pai é polícia.
"Não posso emprestar o apito, disse o Rufus, é uma recordação de família". Não havia nada a fazer. Por fim, decidimos que o Aniano avisava o Rufus e o Rufus apitava em vez do Aniano.
"Então? Jogamos ou não? Cá eu começo a ter fome!" gritou o Alceste.
Mas onde tudo se complicou, é que se o Aniano era árbitro, já só éramos dezassete jogadores, o que dava um a mais na divisão. Então, arranjámos uma maneira: um seria o juíz de linha e agitaria uma bandeira sempre que a bola saísse de campo. Foi o Maixent o escolhido. Um só juíz de linha, não é muito para vigiar o campo todo mas o Maixent corre muito depressa, tem as pernas muito compridas e muito magras, com uns joelhos grandes e sujos. Mas o Maixent não queria saber de coisas, queria jogar à bola, e além disso disse-nos que não tinha bandeira. De qualquer forma aceitou ser juíz de linha durante a primeira parte. Quanto à bandeira, agitaria o lenço que não estava limpo, mas é claro, ao sair de casa não sabia que o lenço ia servir de bandeira."
Os livros do Petit Nicolas são pura e simplesmente geniais. Os textos são da autoria do Goscinny e os desenhos fabulosos do Sempé. Já existe a versão portuguesa à venda na FNAC.
[a partir da música «Amor e Sexo», de Rita Lee]
Amor sem sexo é amizade.
Se 3 (amor) - 1 (sem sexo) = (é) 2 (amizade)
Então 3 = 2 + 1
Ou seja, amizade com sexo é amor.
Eu tinha ali uma dúvida.
Tarde e a más horas mas também com boa cara.
A festa foi óptima. Estava lá toda a gente. Dos acidentais só reconheço os djs, e que belo trabalho fizeram. Tendo em conta os elevados índicies de qualidade estética que se fizeram sentir, sou ainda levada a perguntar: será que os homens de direita são os mais giros (e eu nunca tinha reparado)?
Sugestão: comprei uma coisinha destas e dá muito jeito. Permite até ir tomando banho enquanto se faz o tratamento. Ao passo que com duas colheres nos olhos...
Ça y est! Finalmente, o meu filho largou o vício e mandou a tété para o arquivo morto. Ele já só a usava à noite mas não havia maneira de dormir sem ela. Há uns dias atrás, o miúdo disse que era um power ranger e que os power rangers já são crescidos e não usam chucha. Eu agarrei na deixa e depois de uns Chocapic a mais e umas horas de sono a menos, ele já consegue dormir sem aquela muleta. Do aparelho para os dentes, não se livra mas isso é o menos (até porque se ele sair aos seus, o uso do mesmo já estava garantido).
Ontem vim a pé. Entre a minha casa e o escritório fica o Parque Eduardo VII. Com estes dias de sol, um passeio matinal pelo parque é tudo o que é preciso.
É que entretanto consegui encontrar o «Instant Karma», que tem esta letra fabulosa.
Yeah we all shine on, on and on and on on and on...
O título dizia-me qualquer coisa quanto a potencial dedicatória mas já não me lembro o que era. De resto, continuo com muito serviço.
Mentira. Na realidade, a maior parte das pessoas não prescinde de viver com alguém, seja esse alguém quem for. A generalidade aceita bem o facto de não amar e provavelmente não ser amada por quem partilha o dia-a-dia, a cama e as contas. O que não quer mesmo, é estar só.
Só mais uma. Dedicada a um astronauta que faz hoje um ano, «Beautiful Boy»:
Close your eyes
Have no fear
The monster’s gone
He’s on the run and your daddy’s here
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Before you go to sleep
Say a little prayer
Every day in every way
It’s getting better and better
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Out on the ocean sailing away
I can hardly wait
To see you come of age
But I guess we’ll both just have to be patient
’cause it’s a long way to go
A hard row to hoe
Yes it’s a long way to go
But in the meantime
Before you cross the street
Take my hand
Life is what happens to you
While you’re busy making other plans
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Before you go to sleep
Say a little prayer
Every day in every way
It’s getting better and better
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
Darling, darling, darling
Darling Sean
Usava Montana e ouvia Cyndi Lauper. Tenho, pelo menos, uma testemunha. Um leitor às sextas.
Outra das muitas minhas preferidas é precisamente esta. E já a tinha aqui guardada à espera de vez. Por isso, para hoje, «Watching The Wheels».
Tal como creio que já fiz notar, tenho uma enorme admiração por John Lennon. Para hoje, «Working Class Hero»:
As soon as your born they make you feel small,
By giving you no time instead of it all,
Till the pain is so big you feel nothing at all,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.
They hurt you at home and they hit you at school,
They hate you if you're clever and they despise a fool,
Till you're so fucking crazy you can't follow their rules,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.
When they've tortured and scared you for twenty odd years,
Then they expect you to pick a career,
When you can't really function you're so full of fear,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.
Keep you doped with religion and sex and TV,
And you think you're so clever and classless and free,
But you're still fucking peasents as far as I can see,
A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.
There's room at the top they are telling you still,
But first you must learn how to smile as you kill,
If you want to be like the folks on the hill,
A working class hero is something to be.
A working class hero is something to be.
If you want to be a hero well just follow me,
If you want to be a hero well just follow me.
Jon – Always think before you act.
Garfield – What about if I think and then just lie here?
Ontem, fomos finalmente ver o tão falado Noddy Live.
O meu filho não achou muita graça ao espectáculo até porque o Pimpinela, o famoso cão do Noddy, não apareceu na história. Só se animou com uma ou duas músicas em relação às quais foi solicitada a interacção do público.
Acho até que acabou por gostar mais do intervalo porque teve a sorte de encontrar um dos seus grandes amigos da escola.
Eu estava à espera de mais, tendo em conta a fama do boneco e o preço dos bilhetes. Em resumo, e falando em contas, não valeu o dinheiro que custou. Por metade do preço, já vimos e preferimos o Pinóquio no auditório do Colégio São João de Brito e o Planeta Azul no Tivoli.
Huma, tens razão: a qualidade mediana do espectáculo não justifica a utilização do Pavilhão Atlântico.
There seemed to be no use in waiting by the little door, so she went back to the table, half hoping she might find another key on it, or at any rate a book of rules for shutting people up like telescopes: this time she found a little bottle on it, ‘which certainly was not here before’, said Alice, and round the neck of the bottle was a paper label, with the words ‘DRINK ME’ beautifully printed on it in large letters.
It was all very well to say ‘Drink me’ but the wise little Alice was not going to do that in a hurry. ‘No, I’ll look first’, she said, ‘and see whether it’s marked "poison" or not’; for she had read several nice little histories about children who had got burnt, and eaten up by wild beasts and other unpleasant things, all because they would not remember the simple rules their friends had taught them: such as, that a red-hot poker will burn you if you hold it too long; and that if you cut your finger very deeply with a knife, it usually bleeds; and she had never forgotten that, if you drink much from a bottle marked "poison" it is almost certain to disagree with you, sooner or later.
However, this bottle was not marked "poison" so Alice ventured to taste it, and finding it very nice (it had, in fact, a sort of mixed flavour of cherry-tart, custard, pine-apple, roast turkey, toffee, and hot buttered toast), she very soon finished it off.
[de «Alice in Wonderland», Lewis Carroll]
Um tema que já vem desde a fundação deste blog.
Carnelian
What Stone Are You?
Encontrei este teste há uns tempos n’a vida dos meus dias. Aproveito, então, para agradecer à Ana que anteontem se despediu confessando não ser "simpática" e ter inúmeros defeitos. Temos, portanto, inegáveis afinidades.