Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

domingo, 25 de novembro de 2007

He's just not that into you – o filme

Primeiro destacámos o diálogo. A seguir tornou-se um mantra (aqui e aqui e em muitas conversas). Depois, falaram-nos no livro. Agora estão a preparar o filme, embora o elenco feminino seja mais adequado ao título "She's just not that into you".

Está criada uma religião.

Más notícias

Estava convencida que era coisa para acontecer na próxima semana ou, quando muito, no mês que vem.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Breakfast at Tiffany’s

You say that we've got nothing in common
No common ground to start from
And we're falling apart
You'll say the world has come between us
Our lives have come between us
But I know you just don't care

Dar a mão ao Abrupto

Há pessoas que não ligam ao Abrupto. Há até pessoas que nem sequer lêem o Abrupto. A indiferença é uma das grandes causas de exclusão social.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Cuidado com os efeitos do condicionamento clássico

Já vos aconteceu certamente nunca mais conseguirem ouvir uma música que adoram sem a relacionarem com uma cena ou alguém da vossa vida.

Tudo corre bem quando o momento foi agradável ou quando se quis dar à pessoa de quem nos lembramos, o estatuto de inesquecível.

A coisa piora se, no calor da ilusão, tivermos feito o erro de oferecer uma das nossas canções de sempre a uma pseudo relação que não passou de um equívoco.

É que o dito equívoco até pode nem ter sido fatal. Felizmente, acordámos cedo e, sem precisar de limpar a remela, colocámos o indispensável par de patins nos pés do indivíduo. No entanto, sempre que começamos a ouvir a tal canção, emergem memórias que não valem três tostões e que nos estragam o insubstituível prazer de a ouvir.

Eu cometi esta imprudência com o "Every time we say goodbye" da Ella Fitzgerald, um dos meus temas e cantoras favoritas. Foi terrível: precisei de um ano para dissociá-la (qual cão de Pavlov) daquele episódio irrelevante da minha vida sentimental.

sábado, 10 de novembro de 2007

Except for me (2)

Na verdade, os meus livros estão ocupados e as minhas mãos estão arrumadas.

Except for me

A 5ª frase da pág. 161 do livro que estou a ler (não tenho livros à mão; os meus livros estão arrumados e as minhas mãos estão ocupadas) reza assim: “Except for me.”. E no seu contexto: “Death by nuclear holocaust. Everyone’s having those dreams. Except for me. I’m having these completely embarrassing nightmares about bad haircuts and not knowing anyone at a party.” Já ganhei.

Ao Dan, o fiel passador.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Por motivos profissionais, estou novamente a trabalhar na Baixa.

Agora, além das aulas à noite, tenho dois locais de trabalho diferentes que me obrigam a andar de um lado para o outro da cidade em transportes públicos, carregada com uma carteira que às vezes mais parece uma mala de viagem.

A mudança causa transtorno mas à conta desta infidelidade à rotina, redescobri o prazer de andar a pé, aquecida pela luz inimitável daquela zona da cidade.

Tenho tido o prazer de almoçar num pequeno restaurante de gente acolhedora que trata os clientes pelo nome e serve uma comida saborosa e invulgar.

E em certos dias, antes de me enfiar no metro a caminho dos meus compromissos da tarde, até consigo parar e esconder-me uns minutos para pensar e sentir um pouco, longe de tudo e de todos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Vida de mãe - episódio 46

Ontem à noite, o meu filho foi ver o Sporting ao estádio de Alvalade, a convite da minha irmã e do marido.

Regressou feliz porque viu os leões marcarem quatro golos. Eu diria, quase histérico. Fez não sei quantos comentários sobre o jogo e até disse que o Moutinho tinha falhado um penalti e que o estádio tinha oitenta mil lugares (imaginem só, deve ter sido o meu cunhado que aproveitou a euforia do momento para acrescentar não sei quantas mil cadeiras ao recinto).

Relembro que o miúdo não é sportinguista e eu também não. Contudo, depois de ter finalmente conseguido deitá-lo, sorri ao pensar que hoje em dia, trocaria muitas vitórias do Benfica, só para ver aquela expressão de pura alegria naquela carinha linda.

O pai da psicanálise portuguesa - II

"Uma vez disse que havia um consumo excessivo de medicamentos. Tem sido uma opção em detrimento da consulta?

Penso que há um abuso dos medicamentos, porque é fácil aceder a eles. Os pacientes solicitam-nos e os médicos receitam-nos, porque não têm tempo para se debruçarem sobre os problemas. É preciso tempo e paciência para evitar que as situações se resolvam mal e haja erros de diagnóstico. Há uma lógica de rentabilidade, porque os orgãos administrativos querem um certo número de consultas. Há pouco tempo e poucas consultas. E há doentes que precisam de tratamentos longos, como a psicanálise".

Diário de Notícias de 05.11.07

O pai da psicanálise portuguesa - I

O Dr. Coimbra de Matos é assim apelidado. Tem 77 anos, é psiquiatra e psicanalista.

Hoje, ao ler um artigo sobre este senhor no DN, retive o seguinte excerto: "O entusiasmo, o ânimo, o amor são, nas suas palavras, aquilo que comanda a vida de qualquer pessoa, o melhor sinal de saúde mental."

domingo, 4 de novembro de 2007

Are you anybody's favorite person?