Li este livro devagarinho. A meio, percebi que o estava a fazer de propósito. Queria mastigá-lo muito. Falei do Eckhart Tolle a várias pessoas. Para elas, aqui ficam uns excertos de uma leitura assumidamente importante para mim.
O ego deseja mais precisar do que ter.
Na melhor das hipóteses, o pensamento pode apontar para a verdade, mas nunca é a verdade. Esta é a razão pela qual os budistas afirmam: "O dedo que aponta para a Lua, não é a Lua".
A emoção dominante em todas as acções do ego é o medo. O medo de não sermos ninguém, o medo da não-existência, o medo da morte.
Definir-se através do pensamento significa limitar-se.
Estar presente é sempre infinitamente mais poderoso do que qualquer coisa que se possa dizer ou fazer, embora, por vezes, estar presente dê origem a palavras ou acções.
Finalmente, após tantos anos, o mestre ia revelar-lhes o segredo para alcançarem a essência. "Este é o meu segredo", proferiu ele. "Não dou importãncia ao que acontece".
O ego pode ser definido de um modo muito simples: é uma relação disfuncional com o momento presente.
A vida, que é o agora, é vista como "um problema", e nós vivemos num mundo cheio de problemas que precisam de ser todos resolvidos para podermos ser felizes, para nos sentirmos realizados ou para começarmos realmente a viver - é assim que pensamos. O problema é que quando resolvemos um problema aparece outro. Enquanto o momento presente for encarado como um obstáculo, os problemas não vão ter fim.
A dupla realidade do Universo, composto por coisas e espaço - forma e nada - é igualmente a nossa realidade. Uma vida humana saudável, equilibrada e proveitosa é uma dança entre as duas dimensões que constituem a realidade: a forma e o espaço.
A não-resistência, o não-julgamento e o não-apego constituem os três aspectos da verdadeira liberdade e da vida iluminada.
Só podemos perder algo que temos, não algo que somos.
Se não estivermos num estado de aceitação, satisfação ou entusiasmo, ao olharmos com mais atenção, apercebemo-nos de que estamos a criar sofrimento em nós próprios e nos outros.