À Prova de Morte
É o famoso género "comédia de terror com bons diálogos", acrescido da estética de toda uma categoria cinematográfica. As características divagações de filosofia pop dos gangsters de Cães Danados e de Pulp Fiction (não vi os Kill Bill, lamento mas pouco) encontram-se aqui traduzidas para femininês. Por exemplo, aprendemos que, em contexto de engate, “doing the thing” consiste em fazer tudo menos isso e um homem apelativo é “kinda cute, kinda hot, kinda sexy, histerically funny but not funny looking”.
O filme agarra e entusiasma. Proporcionou muitas gargalhadas e até aplausos ao longo da exibição. Confirmei que não consigo assistir a espancamentos com um sorriso nos lábios, por mais grotesca e exagerada que seja a violência encenada. Aliás, passei os últimos 5 minutos do filme de ouvidos tapados (o som sempre me impressionou mais do que as imagens), sem respirar, e saí da sala como se eu própria tivesse acabado de levar uma tareia. Está visto que não sou à prova de morte.
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