Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Humor

Ouvi uma conversa sobre o uso e o abuso do humor e apeteceu-me dizer umas coisas também. Cinco minutos de reflexão e esta memória que me persegue fizeram-me constatar que todas elas já tinham sido ditas:

  1. O tradicional "estava a brincar" dito logo após um certo tipo de comentário - violento - e, principalmente, após uma má reacção do outro, não é mais do que um "estou a dizer a verdade mas não tenho coragem de a assumir". [Huma]
  2. O humor e a destreza intelectual podem ser usados e interpretados como veículo de agressão. As agressões cometidas por esta via são toleradas pela lei (ocidental), enquanto que a violência física é um meio ilegal de agressão. E nós só jogamos se as regras forem estas. [moi-même]
  3. "Everything's a joke with you," he said. "Nothing's a joke with me. It just all comes out like one."[de «Like Life», Lorrie Moore]
  4. Mas a graça faz perdoar tudo, não é? [Miguel Esteves Cardoso em entrevista à revista LER de Novembro de 2008]

4 Comments:

Blogger Meg said...

Para mim, o humor é uma forma de estilo muito traiçoeira. Nem sempre facilita a comunicação entre as pessoas porque só gera empatia quando o outro também se ri da nossa graça.
Acho que apenas devemos usar certo tipo de humor, designadamente, o sarcástico, quando sabemos que a pessoa que nos está a ouvir tem jogo de cintura para ripostar à altura. Aí sim, pode ser divertido.
É demasiado fácil ofender ou magoar alguém e depois vir limpar a agressão com a tal tirada do "estava só a brincar" ou "não fiques assim, era só uma piada".
Em suma, também penso que se dá demasiado valor ao humor.

1:57 da tarde  
Blogger ana said...

Este comentário foi removido pelo autor.

10:35 da tarde  
Blogger ana said...

apaguei por engano. republico:

ironia, sarcasmo,humor está tudo no mesmo saco?

Nos dias da minha vida penso sempre nestas palavras do Camus

"G. A ironia não vem forçosamente da maldade
M. O que é certo é que também não vem da bondade.
G. Não. Mas tavez da dor nos outros, em que nunca se pensa"

10:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ocidental?!

11:24 da tarde  

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