Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sábado, 23 de maio de 2009

Pessoalmente

Algumas pessoas têm uma intervenção marcante e positiva na nossa vida sem nunca o saberem. Refiro-me a pessoas que não conhecemos bem ou que não conhecemos de todo. Já agradeci a João Bénard da Costa e a Júlio Machado Vaz, desta forma indirecta.

No primeiro ano da faculdade tive uma professora que me causou grande impacto, enquanto professora e enquanto mulher. Ao longo dos anos que se seguiram, recordei-a muitas vezes e referi-a a muita gente. De tal forma que, um dia, o tema surgiu em conversa com um conhecimento profissional recente, que ouviu atentamente os meus rasgados elogios e que, no fim, me informou que eu tinha acabado de elogiar a sua ex-mulher. Passaram-se mais anos ainda até que, nos primeiros meses de 2007, a reencontrei a almoçar no mesmo restaurante que eu. Demorei uns vinte nervosos minutos a tomar a decisão e lá fui pedir licença para me sentar na mesa dela. Disse-lhe tudo, pessoalmente.

Mas ainda fico a pensar se será melhor não maçarmos pessoalmente as pessoas com a nossa admiração.

2 Comments:

Blogger Helena Velho said...

Já vivi momentos assim. É sempre melhor dizermos pessoalmente o que sentimos, mesmo que a pessoa mostre um ligeiro tom de maçada!
Acredite que ficamos nós bem e elas não ficam, de todo, pior. Creio que muitas até ficam com a certeza que precisavam: fizeram a diferença na vida alguém, mesmo que esse alguém sejam duas pessoas, como nós, fascinadas pela pessoa em causa.
Faz sentido?

11:05 da tarde  
Blogger Sandra Prata said...

Concordo com a Maria. O elogio e o carinho sempre deverão ser bem vindos e, caso não o sejam, não nos preocupemos, pois quem os recebeu não percebe e então não importa.

10:28 da tarde  

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