The laws of chance, strange as it seems, Take us exactly where we most likely need to be [David Byrne]
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Perfeito
O concerto foi absolutamente inesquecível. Este cantor é um senhor.
Tudo resto são pormenores: a acústica irrepreensível do Coliseu, as letras excelentes das canções novas, a orquestra por detrás daquela magnífica voz, os encores e o carro bloqueado à saída do espectáculo.
E uns lugares fantásticos quase ao colo do Chico (que está tão magro!), várias filas à frente do casal Carrilho. Ele não fala, é verdade, "só" canta. Mas aquele olhar diz muita coisa.
O carro bloqueado O carro bloqueado fez parte da operação premeditada mais maquiavélica alguma vez vista da parte da polícia municipal. Agendaram o dia do concerto, esfregaram as mãos com o parque cheio, arregaçaram as mangas, bloquearam uns 30 carros, montaram a caravana das farturas e foram duas horas com a máquina do pagamento por multibanco sempre a tinir. Uma vergonha. Não fosse o Saddam ter sido condenado à morte por enforcamento e não se falaria noutra coisa.
Foi igual aqui no Porto... sem carro bloqueado. O lugar foi quase em cima dele também (3ª fila), mas atrás do Engenheiro Belmiro. Mas deu para ver bem o olhar que fala.
É sempre um prazer visitar este espaço, ainda que sem nunca comentar. Mas ele, o Chico, merece o comentário e vocês merecem as visitas diárias que faço ao vosso cantinho...
A não ser que o casal Carrilho tenha repetido o programa, teremos assistido à mesma das 8 ou 9 sessões. Mas, custa-me confessar, fiquei razoavelmente desconsolada com o concerto. Tecnicamente foi muito, muito abaixo dos 70 Eur que o bilhete pedia - o homenzinho ridículo a passear no palco, a interferência no som quando mudaram a luz do piano, o violão que obrigou a recomeçar, a letra que saiu enganada e mal corrigida, etc... Bem, até aqui até ajudaria a parecer que estávamos "lá em casa", mas o que eu achei imperdoável foi - repito, para o preço que estes concertos custam - a falta de qualidade do som e o total desequilíbrio nos instrumentos! Ora só piano, ora só percussão, ora só guitarra... e raramente (só nas primeiras 3 ou 4 músicas?) terá sido possível aproveitar em pleno a extraordinária (de facto!) banda. Por isso digo que fiquei bastante desconsolada com o concerto. Eu esperaria pelo menos competência. Porque a emoção, essa sim, estava lá – pelo menos na plateia.
Obrigada pelos comentários. Houve o homenzinho do gorro e a sobreposição excessiva de alguns instrumentos. Mas não estive muito atenta à avaliação técnica do espectáculo. Errar a letra é humano (e eu gosto). O dvd feito sobre a gravação do disco apanha uns apectos engraçados da luta com as letras e da dificuldade de meter uma linha de verso em certas linhas de música. Uma das melhores é o sucessivo erro no verso final da música "As Atrizes" (É natural que toda atriz / Presentemente represente / Muito para mim).
5 Comments:
E uns lugares fantásticos quase ao colo do Chico (que está tão magro!), várias filas à frente do casal Carrilho.
Ele não fala, é verdade, "só" canta. Mas aquele olhar diz muita coisa.
O carro bloqueado
O carro bloqueado fez parte da operação premeditada mais maquiavélica alguma vez vista da parte da polícia municipal. Agendaram o dia do concerto, esfregaram as mãos com o parque cheio, arregaçaram as mangas, bloquearam uns 30 carros, montaram a caravana das farturas e foram duas horas com a máquina do pagamento por multibanco sempre a tinir. Uma vergonha. Não fosse o Saddam ter sido condenado à morte por enforcamento e não se falaria noutra coisa.
Foi igual aqui no Porto... sem carro bloqueado. O lugar foi quase em cima dele também (3ª fila), mas atrás do Engenheiro Belmiro. Mas deu para ver bem o olhar que fala.
É sempre um prazer visitar este espaço, ainda que sem nunca comentar. Mas ele, o Chico, merece o comentário e vocês merecem as visitas diárias que faço ao vosso cantinho...
A não ser que o casal Carrilho tenha repetido o programa, teremos assistido à mesma das 8 ou 9 sessões. Mas, custa-me confessar, fiquei razoavelmente desconsolada com o concerto. Tecnicamente foi muito, muito abaixo dos 70 Eur que o bilhete pedia - o homenzinho ridículo a passear no palco, a interferência no som quando mudaram a luz do piano, o violão que obrigou a recomeçar, a letra que saiu enganada e mal corrigida, etc... Bem, até aqui até ajudaria a parecer que estávamos "lá em casa", mas o que eu achei imperdoável foi - repito, para o preço que estes concertos custam - a falta de qualidade do som e o total desequilíbrio nos instrumentos! Ora só piano, ora só percussão, ora só guitarra... e raramente (só nas primeiras 3 ou 4 músicas?) terá sido possível aproveitar em pleno a extraordinária (de facto!) banda. Por isso digo que fiquei bastante desconsolada com o concerto. Eu esperaria pelo menos competência. Porque a emoção, essa sim, estava lá – pelo menos na plateia.
(parabéns pelo blog)
Obrigada pelos comentários.
Houve o homenzinho do gorro e a sobreposição excessiva de alguns instrumentos. Mas não estive muito atenta à avaliação técnica do espectáculo.
Errar a letra é humano (e eu gosto). O dvd feito sobre a gravação do disco apanha uns apectos engraçados da luta com as letras e da dificuldade de meter uma linha de verso em certas linhas de música. Uma das melhores é o sucessivo erro no verso final da música "As Atrizes" (É natural que toda atriz / Presentemente represente / Muito para mim).
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