Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

segunda-feira, 17 de abril de 2006

The quest (1)

Eu continuo a achar que as mulheres não desistiram de procurar o Príncipe Encantado, mesmo quando afirmam já não acreditarem no amor. Muitas delas não querem é assumir o seu romantismo inato pelo facto desta postura ser hoje em dia politicamente incorrecta.

Actualmente, a mulher moderna tem de ser céptica, fria e calculista e olhar para o sexo oposto de um ponto de vista utilitário. Fica bem fingirmos que não nos apaixonamos e que não sofremos quando um homem nos atraiçoa.

Pois eu não acredito minimamente nestas balelas. Basta ouvir o fungar generalizado que um drama-drama provoca no escuro da sala do cinema, ou no sorriso meio parvo que qualquer uma de nós faz ao receber um ramo de flores.

E já pensaram nas horas intermináveis que passamos com as nossas amigas a tentar reabilitar o culpado da nossa última desilusão amorosa, e nas caixas de chocolates que a seguir devoramos quando acabamos por assumir que ele afinal não passa de uma besta insensível? Deixem-se de tretas, as provas são mais que muitas. No fundo, no fundo, todas nós ainda sonhamos em transformar o nosso conto de fadas numa realidade.

2 Comments:

Blogger Sam said...

Gostei muito. Mas há que valorizar um pouco as balelas. Onde estaria eu se não fosse uma boa balela de vez em quando? As balelas cumprem uma função social importante.

6:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem... lol... completamente verdade.

Mas que gaja não diz que quer ser uma cabra insensível e depois se apaixona loucamente (dizendo que não é nada amor) para acabar a curar a ressaca da bebedeira amorosa com chocolates e conversas com as amigas?

Eu acuso-me.

2:58 da tarde  

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