Conversa de café
Ontem, estava a conversar com um homem dez anos mais velho e que eu não conheço bem sobre o clássico tema das diferenças entre os homens e as mulheres.
Num primeiro momento, ele assumiu uma postura tradicional mas aos poucos deixou cair o lado machão que aliás parecia artificial e começou a falar a sério. Às tantas, o tom era de confidência e o assunto era a vida dele.
Passado um tempo, sem saber muito bem porquê, eu introduzi na conversa a perigosa questão dos medos.
Ele respondeu-me rapidamente que não tinha medo de nada. Eu ri-me descaradamente, disse-lhe que toda a gente tinha medos e que ele não era certamente diferente das outras pessoas.
Ele calou-se uns segundos para depois me responder de uma forma inesperadamente desprotegida; pensando bem, ele afinal tinha um medo, o medo de não ser amado.
3 Comments:
Tu és um perigo!
Vieste de origem com o programa "conversa-de-café" em falta. A small talk nunca te foi apresentada.
O tempo, a saúde, o Benfica, qualquer coisa. Não. Tem de ser "as diferenças entre os homens e as mulheres", "os medos".
Das conversas simples, podem sair grandes revelações, dos contactos de circunstancia grandes cumplicidades, a vida nunca foi regida por canones, se bem que durante seculos estes tivessem grande peso, mas como diz o anuncio, a tradição já não é o que era, vamos quebrar as barreiras e deixar sair o que nos vai na alma...
Meg, quando tu dizes "Ainda por cima um homem", não será este tambem um estereótipo que devia cair...a idade muda muita coisa, mas nao necessariamente nesse sentido que descreves.
Enviar um comentário
<< Home