Alice
Fui ver o filme «Alice». Gostei mas achei-o limitado na abordagem do tema, até a nível psicológico quanto mais de narrativa. Em termos henrico-raposianos, diria que se trata da alínea b.2, do capítulo 4, da secção C, do título II, do livro “a minha filha desapareceu”.
Isto podia não ser uma desvantagem mas acabou por ser, para mim. O filme tornar-se demasiado repetitivo e ao mesmo tempo que omite questões incontornáveis, como a culpabilização, própria e alheia, e a existência de pais, ou quaisquer outros familiares, dos pais da desaparecida. Percebe-se o objectivo de vincar o isolamento de quem vive um drama daqueles mas, a meu ver, perde-se em realismo. Fica a dúvida se é defeito ou feitio uma vez que o resultado não é mau.
Temos ainda a polémica cena final. A Meg encarou-a como a mais perturbadora. Em mim teve o efeito oposto; considerei-a tranquilizadora, ainda mais quando já acreditava que nos iam deixar sem nenhum tipo de desfecho.
3 Comments:
Eu não contei nada (acompanhar com gesto de dedo em riste a apontar para a Meg).
pois eu nesta estou com a meg. a repetição era inevitável. agora, também ahco que o filme podia ter sido mais curto...
quanto ao fim, achei que era... um desfecho. triste, mas que dava por finda a busca dele. para mim, naquele momento, ele como que se resignou à perda.
PS: obrigada pelo convite. até estava cá (longe do computador), mas vi a mensagem tarde demais. e no final só teria atrapalhado - afinal, já tinha visto o filme. quando quiserem ir ver as «bonecas russas»...
Não era para ver este filme. Era para o Must Love Dogs.
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