A arte de bem conversar
Continuo a preferir o candomblé à terapia de grupo, pela cor e pelo ritmo, mas já não tenho tantas dúvidas no que diz respeito à capacidade terapêutica de uma conversa profunda e bem orientada. (...) Chorar as mágoas num ombro amigo é, afinal, quase tão eficaz, ou até talvez mais eficaz, do que exorcizar fantasmas no gabinete de um psicanalista. E fica, certamente, muito mais em conta.
[Título e citação do texto de José Eduardo Agualusa, na «Pública» de ontem.]
4 Comments:
'Tá-se mesmo a ver que a terapia não funcionou para ele... ou nunca fez.
Viva a psicoterapia. Como diz um amigo meu: deviam vender-se terapeutas no mercado.
Em defesa do autor passo a citar outro excerto do mesmo artigo: "Nunca me estendi no divã de um psicanalista, também nunca participei em nenhuma terapia de grupo, e sempre olhei para a psicanálise com uma certa desconfiança."
Interessa-me sobretudo a valorização que ele faz da conversa, mas também não concordo que essa valorização tenha de ser feita à custa da desvalorização da terapia.
Vivam os amigos também, hélas!
pois... só quem nunca fez terapia (ou quem tem receio de si) é que pode falar assim.
é das melhores coisas que existe.
e ao contrário do que se pensa, não substitui o ombro amigo, nem o ombro amigo substitui o processo terapeutico!
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