Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Down

O Acidental reúne tanta gente amargurada e ressentida. Cada vez que chega um novo é uma toda uma nova possibilidade que se abre, uma expectativa que se gera. Mas nada; a (de)pressão do grupo prevalece. Alguém os maltratou, estou certa. E ninguém gosta deles, não há dúvida. Ou não haveriam razões para o tom ser sempre o do “todos me devem e ninguém me paga”.

Agora é porque o Ricardo Araújo Pereira não é do clube deles e, convenhamos, se é para ser dos outros «não devia ter aspirações políticas». Qualquer criança com birra compreende perfeitamente esta posição. Até as palhaçadas do Bloco de Esquerda são transformadas em «pesadelo». Estou convencida que quando conseguirem arranjar uma marcha fúnebre em mp3, o blog passará a ter música.

[Aquilo que ainda me distrai são os apelidos: dois para cada um e de encher o ouvido. Admito que passei alguns minutos a dizer, de mim para mim, «Jacinto Moniz de Bettencourt»: é um nome que transmite altos níveis de qualidade ao produto associado.]

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caríssimo Sam,

Constato que olha para o meu nome como se de uma marca se tratasse. Ainda bem. Sou, felizmente, um caso de marketing honesto. Sou um produto abençoado com patronímicos e sobrenomes serenos e apelativos (a toponímica de Bettencourt há muito que se esvaneceu na linhagem), agraciado com uma inteligência completa e, sobretudo, portador de rara beleza estética (e de facto, se o Ser é colhido e apresentado, pela primeira vez, na palavra, convém relembrar a história de Hyaktinhos).

Aprecio pois a sua posição fenomenológica na intuição da minha essência, embora constate que a ética do ressentimento que apregoa foi engavetada faz já 100 anos.

Como os melhores cumprimentos,

Jacinto Moniz de Bettencourt

3:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

CaríssimA Sam,

Fui agora informado de que respondi a uma senhora. Peço desculpa pelo lapso. Assim sendo, está naturalmente convidada para um café, e assim testemunhar, com distância adequada, as minhas virtudes enquanto produto.

Renovados cumprimentos,

Jacinto Bettencourt

3:53 da tarde  
Blogger Sam said...

[*djiiizas* tragam-me a enciclopédia]
Eu tenho muito bom ouvido, já desde o Luso-Suíço. A ressonância desses apelidos não engana.
Essa senhora a quem diz responder é que não sei quem seja. Além disso vejo mal; só consigo testemunhar com proximidade adequada.

6:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A senhora, seja ela quem for, que tenha cuidado com o produto, aliás, com o Jacinto Bettencourt, aliás com o Jacinto Moniz de Bettencourt. É que ele "come" os melhores cumprimentos...

9:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Afinal não se trata de uma senhora. Peço desculpa mas fui vítima de contra-informação.
Quanto aos cumprimentos, não pretendia de maneira nenhuma comê-los, antes apresentá-los cordialmente como se um prato de nouvelle cousine se tratasse.
Posto isto, apresento efectivamente os meus cumprimentos, eximindo-me de os deglutir.

10:16 da manhã  
Blogger Sam said...

...e assim encerramos mais um momento de humor semi-involuntário (é um nicho de mercado). Agradeço aos artistas e concluo que nem todo o acidental é acidentado.

11:33 da manhã  

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