Detalhes chant’elle
Há quem confunda má educação com antipatia e acabe elevando o comum mal-educado à categoria de antipático. A subtileza e sofisticação inerentes ao bom exercício da antipatia não se coadunam com a vulgaridade de trato e pobreza de espírito por onde grassa a má educação. A antipatia é quase genética, como o porte aristocrático. A má educação apanha-se por aí se não se estiver vacinado ou não se for antipático. Porque a antipatia, estou em crer, assegura, quase sempre, imunidade ao vírus da má educação.
3 Comments:
Bem observado, Sam. Embora não concorde. A antipatia não é uma coisa boa e, como tal, não interessa grande coisa. A amabilidade não nos pode tornar imunes ao "vírus da má educação"? Parece-me que é simplesmente a boa educação que nos assegura essa imunidade. Coisas opostas não se misturam. E a antipatia está num degrau mais baixo. Agora, se me falares em distância e firmeza... Beijinhos!
Este meu post «antipatia e má-educação: breve estudo comparativo», apesar da sua inquestionável importância teórica para a análise futura de ambos os conceitos, não poderá ser apreciado fora dos limites do objecto considerado.
Claro que ser amável e bem-educado é melhor do que ser pobre e doente; sou forçada a concordar. Mas não retiro uma vírgula à minha tese.
[Já estás a ensaiar?]
Ando a treinar em frente ao espelho. Patético.
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