Filmes (15/15)
Wall-E (2008, Andrew Stanton)
Desenho do Daniel
A apreciação de um filme depende também dos factores que conjunturalmente condicionam o indivíduo que aprecia. O Wall-E, visto a 15 de Agosto de 2008, apanhou-me com os sentidos amplificados.
O filme contém dois filmes. Gostei ainda mais do primeiro. Eu teria ficado muitas horas só a ver o Wall-E a apanhar o lixo, a inclinar a cabeça, a aproximar os objectos da vista(*), a emitir sons e quaisquer outras variações que, nesta base, ocorressem aos génios da Pixar. Mas, segundo as opiniões que ouvi, tudo indica que, sem a segunda parte, o filme teria menos aceitação. Há mesmo quem considere que o filme começa realmente quando aparecem os humanos, no tal "segundo filme". Este segundo filme não deixa de ser dos mais imaginativos que se têm feito e com muito humor. Só que, à caracterização já de si algo deprimente da humanidade no futuro, adiciona uma certa dose de moralismo inconveniente. Poderei conceder, apenas de mim para comigo, que este moralismo seja inconveniente como a verdade de Al Gore: mais por ser incómodo do que por ser despropositado.
Comprei o dvd para oferecer no Natal do ano passado ao meu irmão do meio, de 26 anos. Mas o presente não resistiu uma semana debaixo da árvore. Apropriei-me do filme e voltei a vê-lo por altura das festas, uma conduta que muito me envergonhou e a que nunca antes tinha recorrido. Calculo que o meu irmão tenha ficado mais satisfeito com a camisa que recebeu.
1 Comments:
Sinceramente, também preferi o 'primeiro'. Ficaria horas a ver aquilo.
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