Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Ainda em carne viva

Li anteontem esta notícia no DN e fiquei pouco surpreendida e muito incomodada.

Ontem, o editorial do referido jornal demonstrou, na minha opinião, um lamentável esforço de contemporização que me deixou mal disposta.

Hoje, à hora de almoço, tropecei em dois comentários de leitores do jornal Global sobre o mesmo assunto que me deram vontade de os reproduzir aqui:

“Se Bob Geldof não tem razão, como se explica que a filha do Presidente de Angola detenha 25% de um banco que esta semana abriu em Lisboa? Ah, já sei… foram as mesadas amealhadas ao longo dos anos… As mesmas mesadas que permitiram adquirir imóveis nas zonas mais caras de Lisboa.”

“O ex-ministro Mira Amaral disse que Bob Geldof não pode falar sobre assuntos sérios e por isso não merece crédito, porque é um cantor pop! Bob Geldof disse apenas o que muitos pensam mas temem dizer. É verdade que em Angola reina a corrupção. Como se justifica que num país tão rico e onde os governantes e seus familiares desfilam riquezas, o povo continue a padecer? Porque para eles o povo não conta. O povo só conta quando serve de isco para campanhas de solidariedade e, aí,os artistas e cantores pop já têm muito valor.”

Podem não ser muito elaborados mas expressam uma opinião que eu partilho.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há que admitir que o Sr Bob tem um ar aleanado, mas não lhe tirem os créditos. Aliás estou cada vez mais convencido que é mais necessário ter "falta de noção" - social, talvez - do que um valente par de tomates para se dizer algumas coisas, bem necessárias.

É que notas púrpuras acabadinas de serem trocadas de dólares, ainda cintadas, não faltam nem país ... será demasiada coincidência.

1:01 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home