«La Brusketta»
É outro restaurante onde vou muito, a maior parte das vezes para almoçar. Devido a esta assiduidade, na sexta-feira passada depois de jantar, quando a Karma sugeriu que pedíssemos um chá, tirei-lhe daí o sentido. Nunca tiveram chá e nunca percebi porquê. O chá é um produto de longa duração, ocupa pouco espaço na despensa, não exige uma logística complexa e é sempre servido a um preço exorbitante, relativamente ao custo envolvido.
Decidimos investigar e ficámos a conhecer a gerente, que não podia ter sido mais franca: “Não estou a dizer que seja o vosso caso, mas o chá prolonga indefinidamente a permanência dos clientes no restaurante e nós fazemos reservas por turnos.”.
Pode crer que é o nosso caso! Quantas vezes só abandonámos a mesa ao reparar nos empregados, de casaco vestido, à espera de poder fechar o estabelecimento. Não sabia é que os empresários da restauração tinham engendrado um complot para acabar com as nossas conversas intermináveis. Talvez se passarmos para o uísque.
2 Comments:
Depois do momento de franqueza, a senhora gerente ficou um bocado atrapalhada. Deve ter sido o nosso ar estupefacto. No fim já dizia que se trouxéssemos as saquetas ela servia-nos o chá mas que "não disséssemos a ninguém".
há um café na praça das flores que não tem cerveja. suponho que é um caso inverso ao deste brus-não-sei-quê: os donos têm medo de fazer dinheiro.
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