A festa
Na sexta-feira à noite fui ter com a Sam para irmos a uma festa de um amigo dela.
O convívio situava-se num beco escuro do Rossio, em Lisboa. Ao chegarem àquela morada, estou convencida que a maior parte das pessoas que eu conheço teriam feito marcha atrás, por não acreditarem que aquele edifício a cair de podre pudesse ser o sítio escolhido para uma animação nocturna.
Mas nós arriscámos. O espaço era, como se previa, um pavor. Escuro, muito escuro. Com umas mesinhas espalhadas pela sala e umas velas em cima. Quando chegámos, não havia praticamente ninguém, a não ser uma velhota com um ar suspeito e um homem de meia idade com o mesmo ar. Ouvia-se música, má e demasiado alta. O serão prometia.
O que vale é que nós só precisamos de um sítio para nos sentarmos (esqueci-me de referir que havia cadeiras) para batalhar um assunto qualquer e sentirmo-nos bem.
Depois de uma boa meia hora de conversa, começaram a aparecer pessoas. Com embrulhos. Aquilo era, afinal, uma festa de aniversário! Taparam uma mesa de bilhar com um lençol e improvisaram uma ceia.
A coisa ia a meio quando algumas das pessoas resolveram começar a dançar. Como o amigo da Sam estava entretido a conversar com os comparsas de profissão, resolvemos (perdidas por cem, perdidas por mil) juntarmo-nos aos bailarinos. A música conseguia agora ser audível, apesar de estranha. Só sei que passado um bocado, sorríamos as duas satisfeitas, no meio da pista, a tentar acompanhar um ritmo qualquer.
Falta ainda dizer para o relato ficar completo que o rapaz que fazia de DJ era considerado um sex symbol numa terra do hemisfério sul, que um sujeito baixo e com sentido de humor se estava a meter comigo e que eram mais três que duas da manhã quando resolvemos encerrar a sessão.
1 Comments:
Em nome do rigor histórico: na sexta a festa foi a quatro com saias e botas de cano alto. Isto já foi no Sábado.
Enviar um comentário
<< Home