Sobrevivência (viva eu)
As pessoas que eu acho demasiado interessantes, que me fascinam, que me agarram os sentidos, têm sobretudo mais perturbações psicológicas ou maiores defeitos de carácter. Há algo que as desequilibra e esse desequilibrio dá cabo dos meus esquemas tão lógicos e racionais. E depois dá cabo de imensas outras coisas minhas também, porque as pessoas que eu acho demasiado interessantes têm sobre mim um poder demolidor.
Mas há sempre um momento de limite, o momento em que submeto aquela ligação ao escrutínio dos prós e contras e consigo, de forma imediata e definitiva, implementar os resultados. Faz mais mal que bem? Vai fora; faz mais bem que mal? Fica.
Isto acontece de forma automática, não há um esforço da minha parte, actua como instinto de sobrevivência. No entanto, apesar de não ter de fazer grandes esforços para me salvar e apesar do poema (demasiado interessante), sinto uma enorme satisfação em conseguir fazê-lo.
1 Comments:
De uma forma muito sincera, se percebi sentes satisfação por teres a capacidade de racionalizar os sentidos e emoções. Teres a capacidade de detectares confusões e buracos negros fugindo antes que entres em parafuso.
Ora, ora, isso tem muito que se lhe diga. E sinceramente é muito difícil saber se faz mais bem que mal ou mais mal que bem.
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