Não mexe, não respira
Sempre foi muito difícil estar quieta. Esperar. Não fazer nada. Desistir.
Eu dizia e fazia tudo o que me vinha à cabeça, mesmo quando o prognóstico das consequências dos meus actos era manifestamente desfavorável.
Se acreditava em alguém ou em alguma coisa, privilegiava em demasia as virtudes da franqueza e da honestidade, desvalorizando a mais valia da estratégia e os inegáveis atributos do "dormir sobre o assunto". Mais importante ainda, não contemplava sequer o uso das armas que são o silêncio e a omissão para me defender do impacto dos outros.
Desde há uns tempos para cá e depois de muitas quedas, tenho vindo a aprender o exercício da contenção, da disciplina e da resignação, até. Para mim, este trabalho é muito penoso, cheio de recuos e voltas a fazer de novo.
Enfim, é verdade que já tem dado alguns frutos mas ainda de tamanho muito reduzido, quando comparados com os padrões comportamentais da generalidade das pessoas em relação a esta matéria.
1 Comments:
Ao mesmo tempo, do outro lado do mundo ou apenas do outro lado da mesa, há pessoas a aprender a respirar.
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