Fabrico Próprio
Li um artigo no jornal sobre a edição deste livro e dirigi-me de imediato à livraria mais próxima mas, afinal, só é lançado no dia 12 de Abril. Trata-se de um manual que irá responder a muitas das minhas dúvidas e angústias, além de providenciar informação utilíssima sobre este tema que me fascina, sobretudo pela sua extensão e absurda complexidade.
Aqui fica um pequeno comentário que escrevi há uns 3 anos:
Pastelaria
[ou Não era uma pata de veado, se faz favor]
O que fazer quando os únicos bolos que se consegue identificar são palmiers e mil-folhas, e não nos apetece nem uma coisa nem outra? E quando se confunde sistematicamente merendinhas com milanezas, tendo, porém, a certeza que não gostamos mesmo nada de uma das referidas variedades? Aponta-se, claro. Não há problema nenhum.
Assim fiz eu: dedo esticado do lado de cá da vitrina. Depois desinteressei-me do processo de embrulho e fiquei a olhar para o ar. Até que, ao meu lado, uma voz preocupada murmurou: “a senhora não pediu uma pata de veado*, pois não?”. “Err... eu queria um destes aqui” – voltei a apontar. “Pois, um jesuíta**. É que o empregado está a embrulhar-lhe uma pata de veado”.
A solução, parece-me, passa por descer mais um quarteirão e comprar uma sandes.
* Começo a notar falhas no projecto "Fabrico Próprio": não é feita referência à pata de veado.
** Atentem às dimensões desta porção individual, uma das grandes vantagens da pastelaria portuguesa, embora nos Estados Unidos lhe chamassem meia dose.
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