Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Sobre o medo

“As muralhas que erigimos à nossa volta sempre que nos sentimos emocionalmente ameaçados são muralhas de medo. Tememos ser magoados, rejeitados, ostracizados. Sentimo-nos ameaçados pela nossa vulnerabilidade e construímos uma parede à nossa volta para não sentirmos. Suprimimos as nossas emoções.

Por vezes, chegamos ao ponto de rejeitar a pessoa ou as pessoas que nos ameaçam, antes que elas nos rejeitem. Agredimo-las antes de elas levantarem sequer um dedo para nos atacar. Este tipo de auto-protecção é designado por contra-ataque fóbico. Infelizmente, os muros que erguemos à nossa volta magoam-nos mais do que a dor que qualquer pessoa nos possa infligir. Os muros bloqueiam-nos, encerram os nossos corações e pioram a nossa condição. Quando nos emparedamos a nós próprios, quando nos separamos das nossas emoções e sentimentos, nunca conseguimos chegar à origem do nosso sofrimento, aos nossos medos e vulnerabilidades subjacentes. Não conseguimos compreender as verdadeiras bases dos nossos problemas. Não conseguimos curar-nos; não conseguimos ser um todo.”

Excerto do livro A divina sabedoria dos mestres de Brian Weiss.

1 Comments:

Blogger chihiro said...

Este post levanta algumas questões que talvez sejam desenvolvidas no dito livro... ou talvez não, mas nesse caso gostava da tua opinião acerca delas. :-)

Será possível que essas muralhas tenham sido de tal forma bem construídas, um primor da arquitectura no qual não sobre uma frincha que seja por onde possam entrar ou sair sentimentos, que a vítima que nelas se auto-encerra não se aperceba que o faz?

Ou, por outras palavras, será possível sofrer de contra-ataque fóbico e nem se saber? Pensar apenas, talvez, que são os outros que se afastam ou que as coisas a nós não nos acontecem?

E, em caso afirmativo, como se pode encontrar uma boa estratégia de demolição? :-)

(se calhar vais dizer-me para ler o livro eheheh! E provavelmente vale a pena, pelo menos a passagem que citas é muito bonita e dá que pensar...)

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1:40 da tarde  

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