Serendipity

The laws of chance, strange as it seems,
Take us exactly where we most likely need to be
[David Byrne]

quinta-feira, 9 de março de 2006

Fomos os maiores

O Jacinto pode não ter o jeito do maradona para escrever sobre futebol mas é dele o texto que escolhi para deixar aqui registada a estrondosa vitória de ontem.

"(...) É daquelas mesmo para contar aos netos. No meio daquele inferno, Simão olha para a bola com a calma sábia de quem sabe o que vai acontecer. Mas nós somos meros mortais e não acreditamos logo, não percebemos tão rápido. Ele olha para a bola com o seu melhor estilo telepático e chuta-a sem dúvidas, sem segundos pensamentos. O impensável chuto das antologias históricas. O tipo de coisa que, depois de acontecer, é óbvio que tinha de ser assim, não podia ser de nenhuma outra maneira. O golo clássico, na verdadeira acepção da palavra. A bola passa por cima do guarda-redes espanhol, sem hipóteses, e olé. "Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica."

A partir daí o campo era todo nosso, já estávamos quase a jogar em casa. Eles continuavam a atacar, claro, são profissionais e cumprem o seu trabalho como bons actores - funcionários até ao descer da cortina, mas todos, dentro e fora, percebiam que o essencial tinha acontecido. O que só torna melhor o que veio a seguir. Já tínhamos calado toda a cidade de Liverpool, a Europa inteira e todos os supostos cientistas da bola, e Micolli ainda teve génio para aquele instantâneo de futebol-arte absolutamente anti-esquecimento. Um pontapé--moinho que aquilo, sozinho, devia garantir-nos já um lugar na final. Viva o Benfica, viva o Benfica. Vamos lá e vamos dar cabo deles".

2 Comments:

Blogger Sam said...

"O Jacinto"? Isso são modos? E que título é este? "Fomos os maiores"? Fomos? Somos.

12:52 da tarde  
Blogger Papo-seco said...

É um orgulho imenso ser do BENFICA
:)

10:19 da manhã  

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