Falar
Dizer o que nos vai na alma assusta-nos. Claro, porque falar é também ouvirmo-nos. É dar voz ao bocado mais escondido do nosso eu.
A ideia de exteriorizar o que sentimos incomoda-nos. Vivemos muitos anos habituados ao nosso silêncio, adaptados às nossas meias verdades, a transformar instantaneamente em arquivo morto o que nos põe em causa.
O processo até parece eficaz mas tem uma limitação inultrapassável: não apaga a informação, só a esconde. E o que é vivo sempre aparece, às vezes tarde de mais.
2 Comments:
glup.
inês
Recomendo vivamente.
Da última vez que falei, que disse realmente o que tinha a dizer a alguém (passada sexta-feira), desapareceram a maior parte das coisas más.
Demorei uns bons dois meses a perceber o que tinha para dizer.
Às vezes, falar demora tempo.
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