Inversão de marcha
Fui educada a conduzir a minha vida, a confiar sobretudo em mim e nas minhas capacidades, a manter o controlo em todas as situações e a dirigir os acontecimentos.
Aprendi bem a lição e sempre tive muito orgulho em ser assim.
Contudo, há pouco tempo, percebi que a maior parte das vezes não corria por gosto e que no fundo, no fundo, a minha determinação e intransigência também eram medo.
Medo de fechar os olhos, adormecer e acreditar na competência do outro para, em caso de necessidade, travar a tempo e não bater.
Este raciocínio pode parecer óbvio mas eu só consegui percebê-lo, ou melhor, aceitá-lo aos trinta e quase dois. Talvez porque só agora me sinto suficientemente crescida para me deixar guiar.
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